A Prefeitura de Maringá recebeu da Universidade Estadual de Maringá a escritura da faixa de terras onde vai ser construído o Contorno Oeste da UEM. Os preparativos para a contratação da obra, que vai ser financiada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tinham sido paralisados há quase 2 anos devido à burocracia na transferência do terreno.
"É uma obra que ajuda a desafogar o trânsito, pois cria uma terceira alternativa de acesso à zona norte da cidade - hoje feita apenas pelas avenidas Mandacaru e Morangueira. O Contorno da UEM vai dar continuidade ao binário da Duque de Caxias e facilitar o caminho de muita gente", avalia o coordenador de Projetos do BID, Leopoldo Fiewski.
Segundo ele, representantes do banco virão a Maringá esta semana para discutir os projetos e analisar a minuta do edital de licitação do contorno. "Agora, com a escritura em nome do município, falta apenas a aprovação do BID para podermos licitar a obra", relata o coordenador.
R$ 5 milhões
Valor aproximado previsto
para execução da obra do
Contorno Oeste da UEM.
As obras do contorno constam do projeto original para as melhorias do trânsito, denominado de Programa de Mobilidade Urbana de Maringá. O documento foi elaborado em 2006 e encaminhado pela prefeitura ao BID no mesmo ano. A aprovação do empréstimo de US$ 13 milhões saiu no ano de 2010.
O projeto da prefeitura prevê a ampliação e abertura de 2,2 quilômetros de ruas e avenidas, na região oeste do campus. A obra contempla a duplicação da Rua Professor Lauro Eduardo Werneck, em seus 400 metros de extensão, o prolongamento das ruas Professor Itamar Orlando Soares e Cristal, em 530 metros e 749 metros, respectivamente, além da execução de uma avenida projetada, com 550 metros, ligando as avenidas Pioneiro Alício Arantes Campolina e Doutor Alexandre Rasgulaeff.
De acordo com a UEM, a escritura não foi repassada antes ao município porque havia um erro relativo às metragens do terreno. Agora, na avaliação do reitor da universidade, Júlio Santiago Prates Filho, a UEM faz a sua parte para melhorar a mobilidade do trânsito entre a região central e a Zona Norte da cidade.
"A obra vai trazer benefícios para a comunidade universitária e para a população de um modo geral. O contorno é uma alternativa de transposição dentro da nossa linha de trabalho para buscar a mobilidade, sem agredir tanto o campus da UEM", diz.
Em relação a outras obras de transposição do campus, como um túnel, o reitor afirma que o posicionamento da UEM ainda depende de debates com a comunidade universitária e com os moradores do entorno do campus.
Para viabilizar o túnel sob o campus, a prefeitura busca recursos junto ao Ministério das Cidades, que ainda não se manifestou.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/727736/uem-cede-area-para-construcao-de-contorno/