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Tendências para 2013

"Os imóveis vão continuar a valorizar, mas em patamares mais modestos do que em anos anteriores, quando havia uma demanda reprimida no setor. A correção deve acompanhar a rentabilidade dos principais ativos, mantendo-se entre 10% e 15% ao ano", diz Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).
O empresário Silvio Iwata, representante do mercado imobiliário no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial de Maringá, diz que não há previsão de queda nos preços. Segundo ele, um mercado que deve crescer com mais força neste ano é o de imóveis prontos.

"Os terrenos tiveram uma boa valorização, mas a tendência em 2013, até pela necessidade do consumidor, é que a maior valorização ocorra nos imóveis prontos, a exemplo de apartamentos, porque eles vão atender cada vez mais às necessidades da clientela", diz.

O economista Joilson Dias, professor-doutor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que alta média de preços nos imóveis de Maringá e no Paraná possui várias explicações.

As mais importantes, segundo ele, são três: a crescente mudança de classe social de C para B2 e B1; a consequente melhora na localização e acabamento dos imóveis por conta da aquecimento no setor; e o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, para a compra do primeiro imóvel.

"Este (programa federal) gerou uma demanda extremamente elevada por terrenos e fez com que repercutisse no custo de construção final. Como resultado os preços médios subiram", avalia Dias.

O professor-doutor em Economia da UEM, Neio Lúcio Peres Gualda, atribui o aumento à maior procura. "A valorização verificada nos imóveis das principais cidades paranaense está associada às condições do mercado, ou seja, da demanda e oferta", avalia.

" A oferta de imóveis tem como principal característica a inelasticidade, ou seja, não aumenta com a mesma velocidade que a demanda. Em outras palavras, não é possível aumentar a oferta de imóveis em, por exemplo, 30% de um ano para o outro. Um novo loteamento, desde de seu lançamento até a autorização para a construção, leva no mínimo 3 anos, a mesma coisa ocorre para construção de um prédio de apartamentos residenciais ou de salas comerciais", diz.

Gualda ainda cita que o aumento nos preços é estimulado pelo maior rendimento da população, oferta de crédito e redução das taxas de juros para aquisição de imóveis, além de vendas de terrenos a longo prazo, chegando, em alguns casos, a 180 meses.

"Em algumas cidades, como Maringá, Curitiba, Londrina, este quadro é agravado em razão dos municípios não disporem de grandes áreas para loteamentos no perímetro urbano e boa parte da área rural periférica ser de preservação ambiental, o que impossibilita a urbanização."


MERCADO AQUECIDO

Claudiomar Sandri >> Presidente da Central de Negócios Imobiliários


Como o senhor avalia o cenário atual do mercado?

O mercado continua em alta. Pode não ter uma valorização tão acelerada nos próximos meses, mas por enquanto o que vemos é que a demanda continua aquecida.


Existe alguma região que tende a despontar mais?

Algumas regiões de Maringá podem valorizar 5%, outras mais de 20%, varia muito. Mas uma peculiaridade de Maringá é que a cidade está crescendo para todos os lados.


O que tem levado à valorização em níveis bem acima da inflação?

Maringá tem uma economia forte, com gente do Brasil inteiro investindo aqui. Além disso, é um polo educacional, com 50 mil universitários.

http://www.odiario.com/cidades/noticia/727344/tendencias-para-2013/