O maringaense Oscar Nakasato, 49 anos, participa de um bate-papo sobre o livro "Nihonjin" (Benvirá, 176 pág., R$ 19,90) hoje, às 19h30, nas Livrarias Curitiba do Maringá Park Shopping. A entrada é franca e o livro estará à venda no local. A obra ganhou os prêmios Jabuti 2012 como o Melhor Romance e também o Benvirá de Literatura, concorrendo com mais de 1.900 participantes de todo País.
A obra fala de Hideo Inabata, um japonês orgulhoso de sua nacionalidade, que chega ao Brasil na segunda década do século 20 com o objetivo de enriquecer e cumprir a missão sagrada de levar recursos ao Japão, conforme orientação do imperador aos seus súditos.
O trabalho no campo, a adaptação ao Brasil, a morte da primeira esposa e os conflitos com os filhos Haruo e Sumie são um teste para a inflexibilidade do nihonjin (japonês).
Oscar Nakasato é o primeiro maringaense a vencer o Prêmio Jabuti em uma categoria de ficção. É professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, formado em Letras pela UEM, mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual Paulista.
Em entrevista para O Diário, Nakasato disse que seu romance premiado surgiu de uma decepção com a tese de doutorado. "‘Nihonjin’ nasceu de uma decepção. Quando iniciei a minha pesquisa sobre personagens nipo-brasileiros na ficção para a minha tese de doutorado, já sabia que não encontraria muito material, mas não imaginava que esses personagens fossem tão escassos.
Então, antes de terminar a minha tese, já comecei a esboçar o romance, aproveitando as pesquisas que havia feito sobre a imigração dos japoneses no Brasil e o seu processo de aculturação. Passei por períodos de intensa produção e outros de absoluto recesso, levando cerca de quatro anos para terminar o romance".
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