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UEM vai elaborar proposta para transposição do câmpus

"Temos que ter a transposição. Agora precisamos decidir como causar menos impacto para a universidade e, ao mesmo tempo, melhorar a mobilidade para a população", afirmou ontem o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Prates Santiago Filho, depois de 3 horas de reunião com o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), e com representantes dos conselhos Universitário, de Administração e de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEM.

O debate marca a retomada, dentro da universidade, das discussões sobre o projeto de transposição do câmpus da instituição, seja por meio de um túnel - como proposto pela prefeitura, que busca recursos para a obra no Ministério das Cidades - ou por meio de um contorno.

João Cláudio Fragoso

Fim da Rua Lauro Werneck, no limite com o câmpus da UEM; projeto de transposição deve respeitar a autonomia da universidade

A reunião foi provocada pelo prefeito, que pode apresentar os projetos de mobilidade do município e, ao final do encontro, ter ao menos uma resposta de que o assunto vai ser debatido.

"Assumiram o compromisso de compor uma comissão para dar uma resposta o mais rápido possível. É importante, porque estamos falando de um assunto de interesse da comunidade universitária e, principalmente, de todos o maringaenses", avaliou. A reabertura do diálogo com a prefeitura foi comemorada pelo reitor. "Foi uma reunião importante, e acredito que tivemos um avanço nas discussões", disse Santiago.

O reitor se comprometeu a manter uma agenda de debates com os conselhos para agilizar a confecção de uma proposta da universidade para a questão. "Temos engenheiros e arquitetos capacitados para propor uma transposição. Queremos, o mais rápido possível, apresentar a proposta da UEM e os motivos pelos quais defendemos esta proposta", afirmou.

Rafael Silva


Linha por onde deve passar o Trem
Pé-Vermelho; esperando aprovação

O reitor deixou claro que a autonomia da universidade deve ser respeitada dentro deste debate, mas sem se esquecer de que a UEM está dentro de Maringá e é necessária a adaptação às necessidades do município.

"Queremos buscar a mobilidade plena para a população e para a comunidade universitária também. Vamos buscar o diálogo e a interação com o poder público municipal, a instituição e todos os que vivem no entorno", considerou.

Santiago adiantou que existe a preocupação com a segurança, com o fluxo de veículos e outros impactos que uma obra pode trazer para a instituição.

"Não podemos colocar em risco a vida de quem utiliza a universidade. Temos que criar um projeto de mobilidade que evite estes problemas. Vamos apresentar uma proposta com inteligência, maturidade e bom senso. O intuito é este, mas precisamos ter o cuidado para não prejudicar as nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão".


CAMPANHA

Quando esteve em Maringá, no final do mês passado, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, acenou positivamente aos projetos de mobilidade apresentados pela Prefeitura de Maringá e também à implantação do Trem Pé-Vermelho. "Maringá realmente precisa de um terminal maior e precisamos discutir a questão do trem (que vai ligar as regiões de Maringá e Londrina). Acho que os projetos são viáveis, mas precisam ter a chancela dos técnicos do ministério", disse na ocasião, quando O Diário mostrou argumentos de que o momento para a implantação do trem é extremamente favorável.

http://www.odiario.com/zoom/noticia/711428/uem-vai-elaborar-proposta-para-transposicao-do-campus/