A história da Universidade Estadual de Maringá (UEM) teve início oficialmente em 6/11/69, na forma da Lei Estadual no 6034, que autorizou sua criação agregando à mesma a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, a Faculdade Estadual de Direito, a Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas.
A UEM, à época, oferecia 7 cursos de graduação (Ciências Econômicas, Direito, História, Geografia, Ciências do 1º Grau, Letras Anglo-portuguesas e Letras Franco-portuguesas). As aulas eram ministradas nas antigas instalações do Colégio Gastão Vidigal, hoje Instituto de Educação, e no Colégio Marista.
Posteriormente, de 1970 a 1976, veio ocorrendo gradualmente a ocupação do seu câmpus definitivo, com a UEM já oferecendo 15 cursos de graduação. Entre 1973 e 1974, a maioria dos estudantes já se encontrava acomodada no câmpus sede, identificado hoje em dia entre a Vila Esperança e a Avenida Colombo.
Atualmente, a UEM oferece mais de 60 cursos de graduação e 50 de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), com 22,6 mil estudantes matriculados na graduação e 2,3 mil na pós-graduação. Nesses seus 43 anos, diplomou aproximadamente 51,9 mil profissionais; ainda tem quase 1.630 docentes e 2.640 agentes/técnicos.
Contudo, vale destacar que o crescimento observado na UEM nos últimos anos, independentemente da época, sempre ocorreu num ritmo distinto daquele da liberação de recursos para infraestrutura e pessoal à instituição pelo Estado.
Da mesma forma, é inquestionável que acompanhado dos benefícios oportunizados pelo progresso da instituição à comunidade local, regional e estadual, também vieram juntamente alguns complicadores à cidade, decorrentes da ocupação territorial e do desenvolvimento econômico do município no eixo norte-sul.
Em particular, a partir de 2005 viemos acompanhando a intensificação do debate pautado na tese da desobstrução do tráfego norte-sul por intermédio de túnel e avenida atravessando o câmpus da UEM, cujas propostas submetidas aos conselhos superiores da universidade até o momento foram todas rejeitadas.
A esse respeito cabe a seguinte reflexão: evidentemente não restam dúvidas que a opção expansionista e desenvolvimentista da UEM importará cada vez mais em demanda territorial.
Sendo assim, por que não permutar-se alguns recortes territoriais significativos do câmpus por uma área nas proximidades do Contorno Norte de Maringá para a instalação futura do câmpus 2 da UEM? Afinal, por que não?
Luciano Gonsalves Costa
Professor-doutor do Departamento de Física da Universidade
Estadual de Maringá (UEM), presidente da Associação dos
Docentes da UEM (ADUEM) e membro do Conselho Integração
Universidade-Comunidade
http://www.odiario.com/opiniao/noticia/710070/campus-2-da-uem-no-contorno-norte/