A Universidade Estadual de Maringá (UEM) reabriu o debate sobre a transposição do campus da instituição. Uma reunião foi convocada para a noite de hoje pelos representantes da universidade no Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) para que professores e alunos possam definir qual vai ser o posicionamento da UEM em relação a três diretrizes viárias da lei municipal 886/2011 que atravessam o campus.
O objetivo, segundo a professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e conselheira do CMPGT, Fabíola Cordovil, é definir a postura que será adotada pelos representantes da UEM na Conferência Municipal que vai ser realizada na próxima segunda-feira.O evento foi organizado pela Prefeitura de Maringá para discutir alterações em quatro leis municipais relacionadas ao planejamento urbano, incluindo mudanças nas diretrizes viárias do município.
O secretário de Planejamento de Maringá, Walter Progiante, afirma que
as diretrizes viárias que cortam o campus da UEM não vão ser
discutidas durante a conferência, pois já foram aprovadas e fazem parte
da lei municipal em vigor. "As três passagens já fazem parte do
sistema viário aprovado para Maringá. E estas diretrizes não vão ser
colocadas em discussão", afirma.
Túnel
Em relação à diretriz prevista para a ligação da Rua Professor Lauro
Werneck - continuação da Avenida Duque de Caxias - com a Vila Esperança,
a prefeitura tem, inclusive, um projeto de construção de um túnel que
foi apresentado ao Ministério das Cidades dentro do PAC da Mobilidade
das Médias Cidades.
A proposta aguarda a aprovação até o dia 15 de dezembro, quando o Governo Federal deve anunciar quais obras vão receber os recursos.
Ainda de acordo com a Secretaria de Planejamento, o que vai ser
discutido em relação às diretrizes viárias são ligações da cidade com o
novo Parque Industrial, o que inclui o prolongamento de avenidas como a
Carlos Borges. "A intenção é projetar diretrizes em espaços ainda não
ocupados, para que tenhamos a ligação viária no futuro, sem qualquer
interrupção", explica o diretor da Secretaria de Planejamento, José
Vicente Socorro.
Falha
No entendimento
da professora da UEM, Fabíola Cordovil, todas as diretrizes viárias de
Maringá devem ser discutidas durante a Conferência Municipal, pois o
edital publicado pela prefeitura para chamar a discussão com a
sociedade não traz a informação de quais são as diretrizes incluídas na
pauta da conferência.
"A pauta da conferência tem que ser publicada com um mês de antecedência. Se não especificaram quais são as diretrizes que vão ser alteradas, entendemos que vão ser todas. Então podemos discutir todas as diretrizes e escolhemos estas da transposição da UEM", afirma.
A Secretaria de Planejamento informou que vai verificar se o mapa com as diretrizes previstas para discussão foi ou não publicado. "Se não foi publicado e a UEM desejar rediscutir (estas diretrizes previstas na lei), vamos rediscutir. Quem sabe podemos até chegar ao consenso de permitir que o município atravesse o campus ou se a universidade vai ter a coragem de dizer que a cidade não vai poder atravessar a UEM", avalia Socorro.
Até o momento a postura aprovada no Conselho de Administração da UEM é
contrária à construção de um túnel. O reitor não quis se manifestar
sobre o assunto ontem.
MAPA DAS PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES NAS VIAS PÚBLICAS
http://www.odiario.com/cidades/noticia/709505/uem-retoma-debate-sobre-transposicao-do-campus/