A Prefeitura de Sarandi vai investir R$ 479 mil na compra de um sistema de videomonitoramento para as creches e escolas do município. A medida vem em conjunto com a retomada de ações fiscalizatórias, anunciada em reunião ontem entre as polícias Civil e Militar (PM), Pelotão Ambiental, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. O foco é a ação contra o tráfico.
A reunião foi convocada pelo prefeito em exercício de Sarandi, Rafael Pszybylski (PP), para debater a segurança pública no município. O encontro foi uma reação das autoridades a uma reportagem de O Diário do dia 26, com base em pesquisa de mestrado da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que aponta que a taxa de homicídios em Sarandi é uma das mais altas do País.A aquisição de 272 câmeras de LED já está sendo licitada. O recebimento de propostas e a abertura dos envelopes estão previstos para o mês que vem. Paralelo a isto, a prefeitura está elaborando um projeto para a instalação de um sistema de vigilância também as ruas e praças.
As autoridades concluíram que não basta discutir o avanço da criminalidade ou simplesmente dizer que o problema está ligado a alguma modalidade de crime. "O que é preciso é ação", disse o prefeito em exercício.
Segundo ele, Sarandi tem efetivo policial reduzido diante do tamanho da população, as polícias não tem estrutura condizente, há pontos de distribuição de drogas espalhados por todos os bairros, os furtos e roubos estão aumentando e há uma guerra entre gangues que está resultando em um alto índice de homicídios. "Não podemos ficar olhando e esperando. Temos que começar alguma ação imediatamente."
O comandante da 3ª Companhia da PM, capitão Gilson Machado Dias, o delegado José Nunes e o comandante da Guarda Municipal, Paulo Sérgio Prado, concordaram que, apesar do reduzido efetivo policial, é possível realizar operações para intimidar os bandidos.
9/11
Data em que está prevista
a abertura das propostas
para a compra de câmeras
Ficou decidido o retorno de operações conjuntas semelhantes à Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), realizada em Maringá. A PM também quer realizar blitze de trânsito e intensificar o patrulhamento nas proximidades das escolas.
A prefeitura, por sua vez, vai procurar um meio de apoiar as instituições que oferecem tratamento para dependentes químicos.
http://www.odiario.com/regiao/noticia/615059/escolas-vao-ter-cameras-e-acoes-serao-retomadas/