Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (25), com a participação de mais de 800 pessoas, os técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) colocaram fim à greve que durou 14 dias. Apenas 12 participantes votaram de forma contrária.
As atividades serão regularizadas a partir desta quarta-feira (26). "Amanhã todos os funcionários voltam a trabalhar normalmente, exercendo suas funções, como abertura de salas de aula, blocos, limpeza, refeições no RU, atividades administrativas, etc", fala o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato.
Conforme Rossato, a decisão foi tomada após a reitoria da universidade assinar um documento se comprometendo em defender as reivindicações da categoria junto ao Governo do Estado. Entre as principais exigências está a manutenção de direitos adquiridos em 2006, como a progressão vertical e horizontal na carreira, que, segundo o sindicato, estava sendo questionada pelo Executivo.
O movimento foi suspenso até o dia 19 de outubro, data limite divulgada pelo Governo do Estado para enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei que implementa o novo plano de carreira dos agentes universitários. “Se isso não ocorrer, voltamos ao estado de greve”, afirma Rossato.
O comando de greve foi mantido, assim como o estado de alerta. “Vamos elaborar uma agenda de discussões, em conjunto com os sindicatos das outras universidades, e uma pauta interna e externa de reivindicações, para serem debatidas até o dia 19 de outubro. Vamos continuar cobrando que as promessas sejam cumpridas”, explica.
Entre os pontos apresentados pelo Governo do Estado estão a preservação da situação funcional de cada servidor e a fixação por cargos nas universidades e hospitais universitários e não mais por classes. Além disso, a exigência de sete anos para a primeira promoção não será aplicada aos servidores que atualmente se encontram em estágio probatório.
“Os técnicos também são importantes para a formação acadêmica, por isso é importante que eles evoluam em suas carreiras quando obtêm títulos, realizam cursos e outros conhecimentos que o ajudam a desempenhar melhor a sua função”, explica Rossato
Aulas
A reposição das aulas perdidas deve ser discutida especificamente nos departamentos de cada curso, uma vez que a paralisação não foi homogênea.
Paraná
A greve já havia sido suspensa nas universidades estaduais de Londrina, Ponta Grossa e Guarapuava na última sexta-feira (21). Na tarde desta terça-feira os técnicos da Unioeste, que continuam parados, realizam assembleia, em Cascavel, para discutir a suspensão da greve.