A reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) solicitou que os técnicos administrativos retomem alguns serviços e deixem a instituição de ensino em condições mínimas para funcionar.
O pedido foi feito ontem ao comando de greve. O reitor da UEM, Júlio Prates Filho, solicitou que portões, blocos didáticos e de laboratórios sejam abertos, que alguns banheiros sejam limpos e que a coleta de lixo volte ao normal."São condições mínimas para manter a excelência da UEM." O pedido será votado em assembleia dos servidores.
Ontem pela manhã, alunos e professores não tinham acesso aos blocos porque estavam trancados. No início da semana, os grevistas entregaram as chaves das salas à reitoria para que a administração da universidade se encarregasse de abrir os blocos.
O problema, segundo o reitor, é que as chaves foram entregues sem as etiquetas de identificação. "Recebi notícias de interferência nas chaves e até de presença de palitos nos miolos das fechaduras para que professores não entrem."
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, diz que o ato não foi autorizado pelos grevistas. "Se foi feito, não autorizamos e nem endossamos isso."
O governo Estadual já informou que não vai negociar com os grevistas. Para tentar avançar nas negociações e pôr um fim à paralisação, reitores das universidades em greve se transformaram em interlocutores entre governo e o comando de greve.
Na próxima segunda-feira, os reitores seguem para Curitiba para tentar avanços nas negociações. Caso não haja consenso entre Estado e servidores em greve, a Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Seti) estuda entrar com uma ação na Justiça para declarar ilegal a greve dos técnicos.
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