A greve dos professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que começa nesta terça-feira (21), deve durar menos de uma semana. Pelo menos essa é a expectativa do comando de greve diante da promessa do líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), de que o projeto de lei que garante reajuste de 31,73% no salário será votado e aprovado até a próxima quarta-feira (22).
A leitura do texto na sessão desta segunda-feira (20) marcou o início da tramitação do projeto. Antes de ir à votação no plenário, a proposta passará pela análise na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), às 13h30 desta terça. O projeto não precisará ser submetido à apreciação de outras comissões técnicas do Legislativo por conta da aprovação do requerimento que transforma o Plenário em Comissão Geral.
O líder do Governo também apresentou requerimento, aprovado pelos demais parlamentares, para a realização de sessão extraordinária nesta terça o que dará agilidade ao trâmite. "Queremos aprovar esta importante mensagem o mais rápido possível, para ser sancionada pelo governador, atendendo-se o anseio desta importante categoria. Quero tranquilizar os reitores, diretores de sindicatos e professores, que vamos aprovar este projeto", declarou o líder.
A leitura do projeto na Assembleia foi acompanhada pelo comando de greve que, pela manhã, durante um encontro com Traiano e o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastini, se comprometeu a suspender a paralisação após a aprovação e a sanção do projeto de lei.
"As informações que recebemos no fim da tarde de Curitiba são bastante otimistas. Nesta terça de manhã [a partir das 9 horas] haverá uma assembleia onde faremos a leitura da mensagem enviada pelo comando de greve detalhando a tramitação do projeto. Se tudo correr bem e a proposta for aprovada, uma nova assembleia deverá ser marcada para quinta ou sexta para a suspensão da greve", adianta Marta Bellini, vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem).
Na UEM, o comando de greve espera adesão dos 1,5 mil docentes do câmpus-sede e dos campi regionais da instituição de ensino. Se a adesão for total, ao menos 8 mil alunos serão prejudicados.
Além da universidade de Maringá, já decidiram pela greve os professores das universidades estaduais Unioeste, Unicentro e UEL e da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea). A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) está parada desde quinta-feira.