O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, avalia de forma positiva a tabela apresentada na quinta-feira pelo secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, para concessão de reajustes nos salários dos servidores técnico-administrativos das universidades estaduais.
A proposta do governo prevê reajustes médios de 35% para os técnicos de nível fundamental (pessoal de apoio); 20% para os do ensino médio mantido pelas universidades; e 6% para os cargos de nível superior.
Douglas Marçal
Manifestação na Universidade Estadual de Maringá; aulas foram interrompidas várias vezes este ano
Segundo Rossato, cerca de 50 servidores da UEM participaram da negociação com o governo, em Curitiba. "A tabela atende em parte as reivindicações. Entendemos preliminarmente como um avanço nas negociações, que já se arrastam há 1 ano e 8 meses. As paralisações e indicativos de greve fizeram com que o governo ficasse sensível", avalia.
Ele explica, porém, que a greve ainda não foi descartada. "As discussões não são conclusivas. Agora a categoria vai avaliar a efetividade dessas negociações para decidir pela greve ou dar um prazo para que o governo apresente as demandas que faltam."
Entre estas demandas o sindicato destaca a decisão de uma data para que a nova tabela seja implantada e correção de distorções como a contratação imediata de docentes e técnicos e melhoria de condições de trabalho.
O presidente do Sinteemar explica também que o governo se comprometeu a manter direitos garantidos por lei, como a promoção na carreira dos técnicos. "Quando um técnico tem apenas o ensino médio e conclui um curso técnico, por exemplo, ele é promovido, e isso será mantido."
REUNIÃO
Na segunda-feira, às
14 horas, uma assembleia
vai comunicar oficialmente
aos servidores a proposta
do governo e deliberar as
próximas ações. O encontro
será no restaurante
Universitário da UEM.
Segundo Rossato, na última reunião foi solicitado ainda que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos docentes - que já foi negociado e aceito pela categoria - seja encaminhado para a Assembleia Legislativa para que se transforme em lei.
"A resposta do governo foi o envio e pagamento até outubro, que é a data máxima." Segundo ele, o aumento será de 32%, dividido em quatro parcelas de 7,14%. Ele explica que a última reestruturação do PCCS dos docentes foi feita em 2008, e dos técnicos, em 2006.
http://www.odiario.com/regiao/noticia/593137/sindicato-ve-avanco-na-proposta-de-reajuste-salarial/