Está tudo pronto para o vestibular de inverno da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), que começa amanhã e prossegue
até terça-feira. Para garantir que tudo corra bem, a equipe da Comissão
de Vestibular Unificado (CVU) inicia a organização no ano anterior à
realização das provas.
"Isso inclui definição de datas, parceria com instituições para reservas de salas e valor da taxa de inscrição", explica o presidente da CVU, Emerson Arnaut de Toledo.
Nos 6 meses que antecedem o
concurso, as atenções se voltam para a elaboração dos questionários. O
processo envolve 48 professores, na produção de 16 provas. "Como cada
candidato faz três provas, são impressas quase 74 mil avaliações.
Para
evitar fraudes, tudo é realizado apenas por professores da UEM e feito
na CVU, desde a elaboração até a impressão e empacotamento. "Há uma
sala à qual só os elaboradores e a comissão permanente têm acesso."
Durante a realização do concurso, os candidatos seguem regras rigorosas
de conduta. Não é permitido sair da sala com a prova ou com rascunhos
de anotação das respostas, nem utilizar aparelhos eletrônicos. "Os
candidatos também não podem conversar.
Essas ações inibem muito
qualquer tentativa de fraude", garante Arnaut. A escolha das salas para
provas é feita de forma que os candidatos fiquem perto de quem tem
gabaritos diferentes. Fiscais acompanham os alunos nas idas ao
banheiro.
Pessoas com deficiência
Esta edição do vestibular terá 35 concorrentes com algum tipo de deficiência. Segundo o presidente da CVU, os candidatos fizeram um requerimento solicitando o atendimento especial e apresentaram um laudo médico que descreve detalhadamente qual é a deficiência.
A CVU
analisa os casos junto com a equipe do Programa Interdisciplinar de
Pesquisa e Apoio a Excepcionalidade (Propae). "É estabelecido o que é
possível atender. Depois, o Propae faz o treinamento dos fiscais
especiais.
Quando a deficiência é auditiva, cada estudante
conta com o auxílio de dois intérpretes de Libras." Dependendo da
necessidade do candidato, a prova é feita em sala individual.
Confiança
Depois de estudar Farmácia na UEM em 2010, a estudante Karina Amélia Morikawa resolveu retomar o sonho de se tornar médica. "Já fiz vestibular três vezes, mas como a concorrência é alta, por um momento desisti.
Mas vi que Farmácia não era meu caminho", conta. "Pelo meu esforço, tenho chance, porque além do cursinho, estudo aos finais de semana e acordo cedo no domingo."
Outra prática adotada por Karina foi passar a sair menos. "No máximo uma volta no sábado a noite".
RAIO X DO VESTIBULAR
Inscritos: 24.650. Desse total, 24,3% são maringaenses, e 32, 2%, de cidades do noroeste do Paraná
Número de candidatos que vão prestar o concurso em Maringá: 16.454
Total de cotistas: 3.691
Vagas: 1.488, em cerca de 60 cursos
CINCO CURSOS MAIS CONCORRIDOS
Medicina: 365,6 candidatos por vaga
Arquitetura e Urbanismo: 88,6/1
Engenharia Mecânica: 64,2/1
Engenharia Civil (campus Maringá): 63,1/1
Odontologia: 60,2/1
FIQUE ATENTO
A
entrada nos dias de prova será permitida das 8h30 às 8h50. Mas a
recomendação da CVU é para que os candidatos estejam nos blocos onde
realizarão as provas às 7h30.
É preciso apresentar o documento de identidade original, levar caneta, lápis e borracha. Consulta aos locais de provas pode ser feitas no www.vestibular.uem.br, onde também vai ser divulgado o resultado do vestibular no dia 31
http://www.odiario.com/cidades/noticia/583284/chegou-a-hora-de-tentar-a-universidade/