As sopranos Andréia Chinaglia e Tâmara Cruz e a
pianista Cinthia Ruivo apresentam esta noite, no Auditório Luzamor,
dentro do projeto Convite à Música, um recital camerístico dividido em
três partes.
Na primeira parte, Andréia interpreta músicas de
Franz Schubert, acompanhada do piano de Cinthia; na segunda parte,
Cinthia toca uma obra para piano solo de Robert Schumann; e, por fim,
Tâmara, acompanhada do piano, canta peças também de Schumann.
Divulgação
Andréia Chinaglia, Cinthia Ruivo e Tâmara Cruz: ensaios exaustivos para transmitir a alma dos mestres
Com entradas gratuitas, o recital começa às 21h no Auditório Luzamor
(Rua Néo Alves Martins, 1.704) e faz parte do Ciclo do Romantismo. É o
quarto recital do ciclo, que já contou com a participação de outros
instrumentistas formados no curso de Música da Universidade Estadual de
Maringá (UEM).
Tâmara, formada em Canto Lírico pela UEM, conta
que a ideia do Ciclo do Romantismo surgiu com base nas obras que
estavam estudando na época e que se encaixavam na proposta do ciclo,
essencialmente com músicas eruditas do século 19.
Tâmara revela
que foram muitos e exaustivos os ensaios para subir ao palco na noite
de hoje com o desafio de cantar Schubert e Schuman. Mas vale tudo, diz
ela, para que seja possível alcançar um mínimo de segurança para
interpretar obras sérias de grandes compositores da história da música.
"Esse repertório que abordamos é extremamente difícil e
complexo, e, na correria do dia a dia, qualquer oportunidade que temos
de ensaiar é aproveitada ao máximo.
Os ensaios acontecem em
diferentes locais, dependendo das disponibilidades, e, normalmente,
são longos e exaustivos. De qualquer forma, muitas vezes aproveitamos
pra conversar sobre a vida e trocar ideias sobre o significado textual
das obras, para que nossa interpretação seja o mais próximo do que o eu
lírico sentia", explica Tâmara.
Entrosamento
A cantora comenta que ainda é preciso um bom entrosamento entre canto e
piano para que tudo corra bem ao vivo. "Além da preparação técnica
para cantar e tocar, também há necessidade de um entrosamento
psicológico entre o piano e o canto".
Tâmara, que morava em
Rondônia e há sete anos reside no Jardim Alvorada, em Maringá, se diz
apaixonada pela música erudita. Para ela, é necessário ouvir bastante
para depois tocar ou cantar as obras. "Ninguém canta bem Schubert
ouvindo só MPB, e vice-versa.
Então, precisamos mergulhar no
universo musical que escolhemos como profissão, e mergulhar cada vez
mais fundo para sermos cada vez melhores músicos e intérpretes",
explica a soprano.
O PROGRAMA
http://www.odiario.com/dmais/noticia/580846/recital-tres-em-um/