As chuvas que caíram em Maringá causaram diversos casos de desabamento, deslizamento, quedas de árvores e afundamento de rua e calçada no município registrados entre a terça-feira (19) e a manhã desta quarta-feira (20) pelo Corpo de Bombeiros e secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp).
As ocorrências começaram a ser registradas pelos Bombeiros ainda na manhã de terça, por volta das 11h30, no Colégio Estadual Rui Barbosa, localizado na Rua Manoel Frigo, no distrito de Iguatemi. A direção informou que um cano entupiu nos fundos da escola, e foi necessário fazer um furo no muro para escoar a água da chuva. O problema não afetou o funcionamento da instituição.
João Paulo Santos
Fossa do Jardim Copacabana não resistiu à chuva
À tarde, duas situações de desabamento em fossas de residências. Por volta das 13h15, na Rua Mário Cazarotto, no distrito de Iguatemi, a fossa de uma casa não aguentou a pressão da água e cedeu. Às 14h30, ainda segundo os Bombeiros, desta vez na Rua Tuiuiú, no Jardim Olímpico, outra fossa desabou e deixou o muro da casa bastante trincado. Foi necessário chamar um pedreiro para auxiliar nos trabalhos no local. Outra casa na Rua Pioneiro João Zavatini, no bairro Copacabana, também teve problemas com a fossa.
Por volta das 18h, o Corpo de Bombeiros registrou um deslizamento na Rua Castro Alves, na Zona 6. No trecho de 600 metros das obras de rebaixamento da via férrea e construção do túnel ferroviário, entre a Avenida 19 de Dezembro e a Rua Arlindo Planas, equipes da Semusp dão apoio aos trabalhos de remoção da terra que deslizou sobre a laje e os trilhos, depois de romper o muro que separa o talude (inclinação na superfície do terreno) da Rua Santa Joaquina de Vendruna. A terra já foi retirada dos trilhos para liberar a passagem de trens.
Esta é a segunda ocorrência de problemas ocasionados pela chuva nessa obra neste mês de junho. Nas chuvas do último dia 4, uma queda de talude sobre as vigas interrompeu o tráfego de trens por mais de 12h, na altura da Avenida 19 de Dezembro.
Pouco depois da 0h desta quarta, na Avenida Kakogawa, no Parque das Grevíleas, uma pequena casa no fundo de um quintal desabou devido à chuva. Os moradores conseguiram retirar um cachorro que ali se encontrava, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Além dessas situações, houve deslizamentos que interditaram parcialmente o Contorno Sul e na Rua Marechal Deodoro, na Zona 7, bem como três localidades em que houve interrupção do abastecimento de água.
Ocorrências da Semusp
O gerente da Semusp, João Fragoso, informou que a secretaria foi chamada para atender a quatro situações de queda de árvore em diferentes regiões de Maringá. "Além disso, há quatro ou cinco equipes da Semusp tapando buracos que se agravaram com as chuvas", afirma.
No Distrito de Iguatemi, as equipes do setor de Obras e Pavimentação da Semusp atuam na reparação de parte do asfalto e da calçada, deteriorados em função do rompimento da rede de galerias de águas pluviais na rua paralela ao acesso à Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Maringá. Na zona rural são realizados reparos emergenciais para liberação de uma ponte obstruída na Estrada Crevelin.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Gilson Roberto da
Silva, o número de servidores, caminhões e outros equipamentos da Semusp
foi aumentado e direcionado especialmente para a execução desses
trabalhos emergenciais no município. "Esperamos que até o final da tarde
desta quarta-feira todos os problemas estejam solucionados, ou pelo
menos encaminhados para finalização dos reparos até o final desta
semana", diz.
Rua se transforma "em uma Veneza"
O leitor de odiario.com, Rogério B. Mathias, enviou uma fotografia da Rua Pioneiro Demétrio Kutchenko, onde mora, no Jardim Paraíso, reclamando que o local alaga toda vez que chove - comparando à cidade de Veneza, na Itália. "Já foi ligado para 156 e solicitado limpeza dos bueiros, galerias e etc., mas 'dizem' que limpam e logo depois chove outra vez e é a mesma coisa", diz Mathias. "Hoje (terça-feira) a água está a uns 45 cm e subindo - a sorte que minha casa é uma das mais altas, mas as demais já estão com água dentro."
Rogério B. Mathias
Foto do dia 4, quando, segundo o leitor, as chuvas atingiram rua do Jardim Paraíso da mesma forma do que na terça-feira