A competitividade da vida moderna transformou a
rotina de muitas crianças e adolescentes em uma sucessão de
compromissos. Além da escola tradicional, boa parte deles participa de
atividades no contraturno como aulas particulares, práticas
desportivas, cursos de artes, música e até artesanato.
Se por um lado essas novidades servem para estimular descobertas, o excesso pode provocar uma série de problemas como cansaço, apatia e, em casos extremos, estresse e depressão.
Uma questão fundamental
para ser considerada pelos pais é se o filho realmente precisa de mais
atividades, porque as escolas oferecem a grade curricular adequada a
cada faixa etária com atividades extraclasse que complementam o projeto
pedagógico no contraturno.
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Sob pressão, os pequenos podem ter dificuldades em manter o ritmo
A primeira orientação dos profissionais de Psicopedagogia é o bom
senso. A agenda da criança e do adolescente deve ter espaço livre para
a criatividade, o descanso e a convivência com a família.
"É
sempre bom deixar um tempo após a escola para o descanso, para pensar
que existem as tarefas e dimensionar qual o melhor horário para
fazê-las", afirma a psicopedagoga do Departamento de Teoria e Prática
da Educação da Universidade Estadual de Maringá, Janira Siqueira
Camargo.
Outro alerta é sobre a forma como os pais lidam com o
vai e vem diário dos filhos. É importante que a criança não se sinta um
peso para eles. E ainda, não "padronizar" as atividades dos filhos,
deve-se respeitar a individualidade deles e entender que nem todos vão
tirar proveito semelhante de certa modalidade.
(Continua)
http://www.odiario.com/saude/noticia/577547/agenda-infantil-sem-exageros/