A África é o tema dos festejos programados para a
noite de depois de amanhã. Para comemorar 10 anos do projeto Abrindo
Gavetas, um luau e um jantar dançante estão programados para acontecer
na Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Maringá (Aduem) a
partir das 21h de sexta-feira.
A coordenadora do projeto,
Maria Verginia Gonçalves dos Santos, professora mestre da UEM, informa
que o luau e o jantar serão inspirados na cultura africana. A decoração
tribal do local vai contribuir para que os participantes possam sentir
um pouco dos ares da África, além de conhecer mais sobre a cultura do
continente.
Também estão programados no dia apresentações
culturais, toques de atabaque e batidas em menção à Mãe África. Mestre
Pinaúba participa das apresentações tocando o atabaque.
Ricardo Lopes
Exposição africana na Biblioteca Central: uma das atividades do projeto
A animação do luau fica por conta do som do Grupo Art Lua, com samba
de raiz comandado por Biga no pandeiro, Juninho no tambor, Marquinhos
no tantã e Elias no cavaco, além dos convidados especiais Wagner,
Geraldão, Pezinho, Bebezão, Luizão, Dr. Robson, Dr. Celso e Michele.
O cardápio do jantar também é típico e empresta da culinária africana
sabores, temperos e aromas. Maria Verginia adianta alguns pratos
confirmados, como a galinha de cabidela, farofa de beiju com banana da
terra, guisado, carne com especiarias e muita pimenta malagueta. Tudo
ficará por conta da chef Vilma e equipe.
A noite africana ainda
promete gingados sensuais, dança do ventre, apresentação de samba no
pé, tango, rumba e mambo africano, dança de salão e desfile de
indumentárias africanas. Dançarinos da cidade e a ex-rainha do carnaval
de Maringá, Nega Luzia, confirmaram presença nas apresentações.
Gavetas abertas
O Abrindo Gavetas é um projeto sem fins lucrativos e pioneiro das áreas
de educação, pesquisa e estudo, especializado na cultura africana e
afro-brasileira. O projeto teve seu marco inicial em 2002, quando Maria
Verginia visitou o continente africano e participou do Congresso
Internacional em Moçambique, na cidade de Maputo.
No mesmo
período, instituía-se no Brasil a Lei 10.639, que trata da
obrigatoriedade do ensino de história da cultura africana e
afro-brasileira no sistema escolar brasileiro. A lei foi sancionada em
2003.
Assim, tendo como respaldo a legalidade, as pesquisas e
estudos sobre a África e a afro-brasilidade se intensificaram, tendo
como pilar de desenvolvimento o lazer e a consciência crítica.
PARA CONFERIR
Jantar e luau africanos
Outras informações
para o jantar, que tem
capacidade para 200
pessoas, com a profa.
Maria Verginia pelo
tel (44) 9990-9446
Ao longo dos dez anos de existência, o projeto vem desenvolvendo
atividades atreladas à cultura africana e afro-brasileira, bem como
exposições divulgando objetos e tecidos, como máscaras e roupas, além de
obras literárias e poesia africana.
O Abrindo Gavetas também
desenvolve seminários e cursos de capacitação para professores,
consultorias e encontros dançantes africanos e afro-brasileiros. A UEM,
Faculdade Maringá e Consulado e Embaixada de Angola, dentre outros
parceiros,apoiam o projeto.
http://www.odiario.com/dmais/noticia/573022/jantar-homenageia-a-africa/