Os técnicos das universidades estaduais prometem entrar em greve se o Governo do Estado não apresentar uma proposta acertiva para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) até o dia 5 de junho. A afirmação é feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar). "Ao invés de avançar nas negociações, estamos retrocedendo. Eles querem acabar com direitos que já temos garantidos por lei", fala o presidente da entidade, Éder Rossato.
Na última sexta-feira (25), foi realizada uma assembleia geral com aproximadamente 400 pessoas no Restaurante Universitário (RU) da UEM para debater os rumos das negociações sobre o PCCS. Segundo Rossato, no dia 21 de maio, foi realizado uma reunião entre representantes sindicais e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
"Neste encontro eles propuseram colocar limitações nas progressões horizontais e verticais de carreira. Recebemos isso com indignação, pois são direitos já previstos por lei. Há um retrocesso, o governo está nos empurrando para a greve", fala Rossato.
Os técnicos das universidades abrangem uma vasta categoria, que inclui desde os cargos com Ensino Fundamental, como a zeladoria, até integrantes administrativos, como advogados, contadores, técnicos de informática, de laboratório, entre outros, que necessitam de curso superior. As progressões horizontais e verticais permitem incremento de salário por tempo de serviço, titulação e cursos realizados na área.
Os sindicatos esperam uma contraproposta do governo até o dia 5 de junho. No dia 6 está prevista uma assembleia para deliberar sobre o que foi decidido. "Estamos esperando por este plano desde o primeiro trimestre de 2011, quando iniciamos as negociações. Se não houver avanço e eles ainda manterem essa possibilidade de cortar benefícios já garantidos, com certeza haverá indicativo de greve", afirma Rossato.
Até o dia 5 de junho, os sindicatos prometem realizar vários atos e reuniões para expor a situação aos técnicos e mobilizar a categoria.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Seti e aguarda um posicionamento sobre o assunto.