Imprimir

Aprovação de 89,4% é comemorada

O diretor do Colégio Estadual Dirce de Aguiar Maia, na Vila Santa Isabel, em Maringá, Altair Nascimento, comemora o índice mais alto de aprovação entre os estudantes de ensino nédio da rede pública da cidade em 2011, que é de 89,4%.

Detectar possíveis problemas e não deixar que afetem o bom rendimento dos alunos tem sido a frente de ação da equipe da escola, segundo o diretor. "Há alguns anos, havia indisciplina dos alunos em relação ao horário de entrada na escola. Hoje, há um controle maior e o portão é fechado depois do horário estipulado", contou.

Desde 2010, o colégio firmou parcerias com instituições de ensino superior para a promoção de cursos, além de convênios com empresas para dar aos alunos com mais de 16 anos a oportunidade do primeiro emprego, o que exige uma boa nota dos estudantes. Ações como essa, segundo Nascimento, despertam nos alunos, noções de responsabilidade.

A escola conta também com duas equipes esportivas e, para participar, o aluno precisa alcançar pelo menos a média, que é 60, e não ter registros de indisciplina. A quadra poliesportiva foi ampliada com recursos próprios para estimular a participação dos alunos. "Temos que mostrar que não é porque estudam em uma escola pública, que fica em um bairro menos privilegiado, que eles não têm capacidade", disse.

Além do alto índice de aprovações no ensino médio, as ações têm mostrado que os alunos têm, inclusive, conseguido conquistar vagas no ensino superior. Segundo Nascimento, em 2011, em uma turma de 22 estudantes, seis foram aprovados no vestibular da UEM, até mesmo em cursos mais concorridos, a exemplo de Direito.

Para ele, o que diferencia o ensino em uma escola da rede privada e pública é a falta de recursos. "Ainda falta investimento do governo. Falta um laboratório de Ciências, que atualmente está instalado de forma adaptada, o que limita o trabalho do professor, além de um refeitório."
Segundo a coordenadora da Educação Básica do NRE, Ana Tereza Viana da Mata, esse processo depende da Superintendência de Desenvolvimento Educacional, ligada à Secretaria de Educação, mas como há muitas demandas, as escolas precisam esperar.

"Em casos de emergência, como um cano estourado ou problemas em fiação elétrica, é acionado um mecanismo de verbas de emergência", explicou. Mas para ela, a falta de estrutura não é o maior problema das escolas públicas da cidade, já que, apesar de algumas serem muito antigas, ainda estão em condições de funcionamento. "Isso não interfere no processo ensino/aprendizagem", garantiu.

http://www.odiario.com/zoom/noticia/572260/aprovacao-de-894-e-comemorada/