O acordo entre Brasil e Estados Unidos firmado
recentemente entre os presidentes dos dois países para que o direito de
uso da expressão "cachaça" seja reservado apenas ao produto
brasileiro, pode ser um bom negócio no futuro. Na visão de
especialistas de mercado, isto deve fortalecer a imagem do país como
fabricante da bebida.
Mas para quem produz cachaça artesanal na
região de Maringá, exportar parece ainda algo distante. "Produzimos uma
pequena quantidade para atender apreciadores locais", afirma o
zootecnista Francisco Assis Fonseca de Macedo, professor da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), dono de um alambique em sua
propriedade no município de Mandaguari.
Moagem de cana para produção de cachaça
Mais do que pensar no mercado externo, o objetivo de Francisco é
oferecer aos consumidores um produto de alta qualidade, igual ao
trazido das melhores fazendas de Minas Gerais. O alambique, com mais de
120 anos, pertenceu ao avô e foi trazido daquele Estado. Em sistema
manual, são produzidos 2 mil litros por mês de uma cachaça que é
acondicionada em garrafa de 500 mililitros com a marca "Mineirinha
D’Ouro".
O professor trouxe de Minas, também, a variedade
adequada de cana e o ritual para saborear a bebida, ao redor de uma
mesa rústica no interior do alambique, onde não pode faltar um espeto
de carne de sol assada ao calor do fogo de lenha do próprio engenho.
"Para nós, mais importante que do que pensar em exportar, é saber que a
marca cachaça está sendo respeitada como uma instituição brasileira.
Isto fortalece o nosso negócio", disse.
Ainda são poucos, segundo ele, os produtores de cachaça artesanal na região de Maringá, "mas o mercado é promissor", finaliza.
http://www.odiario.com/regiao/noticia/561160/cachaca-regiao-ainda-produz-pouco/