A estrutura de combate ao uso de drogas,
principalmente o crack, em Maringá está emperrada. De efetivo, apenas o
trabalho da secretaria Assistência Social e Cidadania (Sasc), que atua
no atendimento de usuários "que querem tratamento". Um programa
financiado pelo Governo Federal que seria desenvolvido pela
Universidade Estadual de Maringá (UEM) está parado por falta de
recursos.
A discussão veio à tona depois de reportagem de O Diário publicada no
domingo, que mostra o consumo de entorpecentes no centro da cidade.
O programa "Crack, é possível vencer", lançando pela presidente Dilma
Rousseff no início de dezembro ainda não saiu do papel. O projeto previa
a criação, em todo o País, de 308 "Consultórios de Rua", com médicos,
psicólogos e enfermeiros, que fariam o atendimento de dependentes
químicos. O investimento seria de R$ 4 bilhões até 2014.
Apesar
de anunciado com pompa, até ontem os recursos necessários para o início
do programa ainda não haviam chegado à universidade. A assessoria da
UEM informou que não há previsão para o início do atendimento. O
gerente de Políticas sobre Drogas da Sasc e presidente do Conselho
Municipal Antidrogas (Comad), Alex Chaves, confirmou que tudo está em
compasso de espera.
ALARMANTE
6.316
É o total de pessoas
atendidas pela Sasc
por uso de drogas em
2011.
"Estamos esperando que saia o edital deste programa para dar início
ao atendimento. O jeito de lidar com isso está mudando a cada dia, por
causa dos tipos de drogas. Hoje temos a febre do crack, que pode se
tornar uma epidemia no Brasil", disse.
Chaves frisou que o
número de pessoas que procuram os serviços oferecidos pela prefeitura é
alarmante. "E assim o atendimento é insuficiente, por que não abrange
quem usa regularmente drogas e não quer se tratar." Chaves lembra que o
tratamento é "o fundo do poço", e só beneficia o usuário que se
conscientiza da situação que está enfrentando.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/537712/so-luta-contra-o-vicio-quem-quer/