Os cães da raça beagle usados em pesquisas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e que, de acordo com o Ministério Público (MP), eram mantidos em condições precárias de higiene e submetidos a experimentos dolorosos pelo curso de Odontologia, podem ter sido sacrificados. A suspeita foi levantada pela ONG Anjos dos Animais, ontem, durante manifesto pela libertação dos cachorros.
Segundo a presidente da ONG, Eloisa Murta, os animais apresentados a integrantes do movimento em nada se parecem com os das fotos que integram a ação civil pública da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente de Maringá. "Suspeitamos que aqueles animais foram eutanasiados", disse Eloisa.
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Beagles no Biotério da UEM; animais
seriam maltradados
Ontem, Eloisa fotografou os cães no Biotério Central da UEM.
As fotos serão entregues ao promotor de Meio Ambiente José Lafaieti Barbosa Tourinho.
"Tiramos para comparar os animais que encontramos com aqueles do arquivo do promotor."
A reportagem também teve acesso ao canil.
Os cães apresentados em nada se parecem com os animais das fotos que embasam a ação civil pública.
Na ação, aparecem desdentados, com gengivas deformadas e, em alguns casos, aparentemente doentes. No canil, que se encontrava limpo, estão gordinhos e com dentes.
"Um dos estudos é para saber se
há sensação de irritação. Como
um animal vai reportar isso?"
NomeJosé Lafaieti Barbosa Tourinho
Promotor de Meio Ambiente de Maringá
O promotor, que aguarda liminar para mandar libertar os cães, contestou a eficácia da utilização dos animais nas pesquisas.
"Um dos estudos é para saber se há sensação de coceira e irritação. Como é que um animal vai reportar isso?", questionou.
O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, não quis se pronunciar sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa, a universidade ainda não foi notificada sobre a ação.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/501753/protesto-de-ong-cobra-soltura-de-caes-pela-uem/