As melhorias e investimentos reivindicados por diretores das extensões da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em Cianorte, Diamante do Norte, Cidade Gaúcha, Umuarama, Ivaiporã e Goioerê ficarão para o ano que vem. Ontem, os diretores da instituição se reuniram com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Alípio Leal, para reivindicar mais investimentos e contratação de pessoal.
Segundo o secretário, os investimentos só poderão ser feitos em 2012 porque há dívidas do governo anterior (Roberto Requião) que ainda estão sendo pagas. Leal concordou que são necessários mais investimentos nos campi da UEM.
"É preciso colocar em prática todo um planejamento para alcançar as metas estipuladas, entre as quais elevar a média dos cursos de graduação ofertados", disse. O secretário acrescentou que todos os pedidos trazidos em pauta devem ser debatidos com a administração superior da universidade e, desta forma, serem atendidos de acordo com as prioridades estabelecidas.
No início deste mês, O Diário percorreu 700 quilômetros pelo norte e centro do Paraná para levantar quais as principais demandas de professores, estudantes, acadêmicos e servidores dos campi regionais da UEM. Uma série de reportagem mostrou as carências de cada um.
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Em contrapartida, governo confirma a liberação de R$ 6,7 mi para obras
Os problemas foram apontados em um dossiê elaborado pelos diretores e entregue ao secretário ontem. A falha mais expressiva apontada no documento é a falta de funcionários para a manutenção das instituições: para todas as seis extensões há apenas 164 servidores, quando seriam necessários 266, no mínimo.
Mas há reclamações de falta de técnicos em laboratórios, necessidade de restaurantes com refeições a preços subsidiados, entre outras. O campus de Ivaiporã, que começou há um ano, funciona em instalações provisórias e ganhará uma sede própria. As extensões reúnem 3,8 acadêmicos nos seis municípios.
Enquanto as extensões precisam aguardar 2012, o governo do Estado confirmou ontem a liberação de R$ 6.736.770,00 para serem investidos prioritariamente em obras já iniciadas na UEM. Uma exceção é para o caso de Ivaiporã, cujos recursos serão utilizados para a construção da sede própria.
O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates, junto com reitores de instituições de todo o Estado, participou de audiência com o governador Beto Richa (PSDB) que oficializou os repasses ontem. Além da UEM, outras 12 instituições de todo o Paraná receberão verbas que juntas somam R$ 28 milhões. O secretário Alípio Leal diz que os valores serão repassados ainda neste ano.
Orçamento
R$ 1,5 bi é o valor do custeio das universidades e faculdades estaduais do Paraná por ano
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/494998/seti-atendera-extensoes-da-uem-so-em-2012/