Uma manifestação, com a presença de mais de 2 mil estudantes em frente à reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM), acontece desde as 10h desta terça-feira (30). Eles reivindicam mais verbas à educação pública e lembram os protestos de professores no dia 30 agosto de 1988, quando docentes entraram em choque com a cavalaria da Polícia Militar.
Com um carro de som, eles saíram de frente da reitoria, seguiram pela Rua Professor Lauro Werneck, passaram por dentro da UEM e retornaram à reitoria. Os manifestantes passaram em frente ao restaurante Universitário e foram aplaudidos pelos funcionários.
Encontro com secretário
Nesta terça-feira quatro representantes do movimento dos estudantes se reúnem, em Curitiba, às 11h, com o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
Douglas Marçal
Estudantes fizeram uma passeata por dentro da UEM
Os acadêmicos entregarão a carta de reivindicação e pretendem negociar, prioritariamente, o aumento de verbas às universidades públicas, maior infraestrutura aos campi extensivos da UEM e melhorias no Restaurante Universitário (RU).
Após a reunião, os estudantes realizarão uma assembleia na reitoria da UEM para decidir se aceitam os pontos apresentados pelo Governo do Estado. Eles ressaltam que só deixarão a reitoria, caso suas reivindicações sejam atendidas.
O movimento vem recebendo apoio de diversas entidades de todo o País (veja no blog dos estudantes), inclusive de alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que também invadiram a reitoria desta instituição.
Apesar da ocupação do prédio da reitoria, as aulas na UEM continuam sendo ministradas normalmente, sem prejuízo da grade acadêmica. Segundo líderes do DCE, não há intenção de promover uma greve. Professores de cursos como Psicologia e Educação Física ministraram aulas abertas no prédio ocupado, em apoio ao movimento.
APP na Raposo Tavares
Um protesto com aproximadamente 200 pessoas acontece na Praça Raposo Tavares, no Centro de Maringá, na manhã desta terça-feira. Eles lembram o lendário protesto dos professores em frente ao Palácio Iguaçu, no dia 30 de agosto de 1988, quando a cavalaria da Polícia Militar entrou em conflito com os docentes, sob as ordens do então governador Álvaro Dias.
O protesto é liderado pela APP Sindicato e acontece em diversas cidades do Paraná. Segundo o presidente da entidade em Maringá, Claudemir Feltrin, os professores reivindicam equiparação salarial, melhorias no plano de saúde saúde, plano de carreira, equiparação salarial, entre outros pontos.
Representantes da APP-PR realizam uma grande passeata em Curitiba, até o Palácio Iguaçu, na manhã de hoje. Eles negociarão com o governo do Estado os pontos da pauta de reivindicações.