Durante os 14 anos em que morou no Japão visitar museus nas manhãs de
domingo era um dos passeios preferidos de Marcos Kubota, 66, para onde
ia de bicicleta. Quando começaram as aulas de cerâmica no centro dia
Papa João Paulo II, ele entendeu a antiga preferência pelo material.
Eu sempre achei muito bonito, mas ainda não havia tido oportunidade de
aprender, diz ele. Admirados pela intimidade com a argila e o rápido
desenvolvimento manual apresentados em um mês, Valmir e Edvan sugeriram
a Kubota que frequentasse o Laboratório de Escultura, Arte e
Neuroplasticidade da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde
também dão aulas.
Ali, três vezes por semana, o aposentado que já sofreu dois acidentes
vasculares cerebrais se supreende a cada dia. Mesmo com os movimentos
mais lentos e sem conseguir fazer coisas muito diferentes, estou indo
bem. Talvez eu tenha demorado um pouco para aprender a trabalhar com
argila, mas recupero o tempo perdido.
Recupero o tempo perdido
- O Diário do Norte do Paraná
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