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Para o professor Neio Lúcio Peres Gualda (foto), do Departamento de
Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a encíclica do papa
Bento XVI acerta ao indicar um ataque às causas da crise econômica
Mundial
Muito já se falou dessa crise, mas a causa dela ainda não foi atacada.
A principal causa dessa crise é a falta de regulação do mercado. Por
falta de limites ao capital é houve uma superinflação dos papéis. Os
chamados ativos financeiros geraram riquezas inflacionadas, sem lastro
na produção, disse ele.
Este caminho pode ser assumido pelo ONU - acrescentou o professor -
já que se um país sozinho não tem como regular o mercado. É preciso,
para isso, um organismo supranacional, como foi feito em 1944, com o
surgimento da ONU.
Para o professor Neio, se não for adotado um mecanismo mundial que
regulamente o mercado de capitais, por mais que se faça agora, vão se
formar bolhas que em cinco ou seis anos vão estourar e gerar nova
crise. É preciso limites para o capital, para evitar novas crises, e a
única forma de se fazer isso é com essa união mundial sugerida na
encíclica, afirma.