O faturamento da maior empresa londrinense, uma
cooperativa agrícola, ultrapassou R$ 1 bilhão no ano passado. Mas o valor
agregado da produção é menor se comparado com os setores industriais mais
destacados em Maringá confecções, alimentação e metal-mecânico.
No
entanto, o desenvolvimento da indústria não explica sozinho o avanço da economia
maringaense. Nos últimos cinco anos, o número de estabelecimentos comerciais
cresceu 23%. Já o setor de serviços aumentou 31% e o comércio teve elevação de
39%.
O número de clínicas em Maringá saltou de 57 em 2003 para 698 em
2008. Hoje, a cidade conta com 8.398 estabelecimentos de prestação de serviços,
de acordo com o boletim Brasil em Foco, da Target Consultoria.
Para o
economista Neio Lúcio Peres Gualda, do Departamento de Economia da Universidade
Estadual de Maringá (UEM), a cidade fez bem em não exagerar na busca por
indústrias. Esta estratégia não foi equivocada, uma vez que o setor de serviços
avançou muito no município, afirma Gualda.
Paralelamente ao crescimento
do número de clínicas, escolas, universidades e escritórios em Maringá, as
indústrias da cidade investiram em tecnologia.
Atualmente, as
indústrias estão cada vez mais automatizadas. Em termos técnicos, está ocorrendo
um aumento na relação capital/trabalho: cada vez o investimento em moeda é maior
para um menor número de trabalhadores, ressalta Gualda.
Nessa dinâmica,
o emprego industrial muda de perfil, privilegiando pessoas com mais capacitação
e, conseqüentemente, que exigem uma remuneração maior.
Redação