Vinte dias depois de dar entrada no Hospital
Universitário de Maringá (HU) com fratura no tornozelo, Valmir Baltazar, 54, de
Iguaraçu, foi encaminhado na tarde de ontem para o Hospital Santa Rita para ser
submetido a cirurgia recomendada pela equipe médica.
O procedimento, de
média complexidade, poderia ser realizado no HU não fosse o acordo firmado entre
Secretaria de Saúde, 15º Regional de Saúde e os três hospitais que atendem casos
de ortopedia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) HU, Santa Rita e Santa Casa.
Pelo trato, os pacientes são encaminhados para atendimento de acordo com
a gravidade baixa, média e média complexidade e ano de nascimento.
Apesar da divisão, o acordo estabeleceu que o HU seria a porta de
entrada para os procedimentos. Isso significa que a falta de vagas nos outros
dois hospitais aumenta a demanda do HU, pois é para lá que são levados todos os
pacientes. O acordo expirou no ano passado e ainda não foi
renovado.
Estamos negociando. Do jeito que está não tem vantagem
nenhuma. O paciente deveria aguardar vaga no hospital de referência e não no
corredor do HU, diz José Carlos Amador, superintendente do hospital público.
Comunicada ontem pela manhã sobre o caso de Baltazar, a Promotoria de
Saúde entrou em contato com os gestores de saúde exigindo atendimento para o
paciente e descobriu que havia mais cinco pessoas em situação semelhante. Apesar
da referência para atendimento ser o hospital Santa Rita, as vagas não haviam
sido liberadas.
No meio da tarde, José Ramos, chefe da UTI do Santa Rita
informou que as vagas para os seis pacientes tinham sido autorizadas de manhã e
que os pacientes eram aguardados para internação até o início da noite.(Juliana
Daibert)
Redação