Em tempos de crise, muitos perdem os empregos, mas há vagas que deixam de ser preenchidas por falta de mão-de-obra capacitada
O mercado de trabalho é cada vez mais exigente.
Diante da competitividade, a qualificação profissional é fundamental para se ter
mais chances de conquistar uma vaga. A quantidade de profissões que sobram
lugares por falta de capacitação são muitas.
De acordo com o gerente da
Agência do Trabalhador de Maringá, Maurício Mangolin, é comum as pessoas
procurarem a entidade e não conseguir a recolocação, mesmo tendo vagas em
aberto, por falta de conhecimento específico. As áreas em que mais sobram
empregos são: carpinteiro, marceneiro e operador de máquina de costura,
informa.
Na setor de Tecnologia da Informação (TI) o problema é
semelhante. A função de programador, que codifica os sistemas, é a que mais
carece de profissionais.
Segundo o vice-presidente do Núcleo de
Excelência em TI (Nexti) de Maringá, Osvaldo Frare, a demanda por especialistas
é maior do que o mercado consegue oferecer. Para se formar na área demora em
média quatro anos, o que dificulta o preenchimento, analisa.
Outro
fenômeno apontado por Frare é o fato de a cidade ser formadora e exportadora de
mão-de-obra. Ele estima entre 10% e 15% o porcentual de alunos que ingressam nos
cursos oferecidos pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pelo Centro
Universitário de Maringá (Cesumar) e desistem no meio do caminho.
São
poucos os que realmente ficam na cidade para trabalhar. Dentre esses, nem todos
aceitam desempenhar a função de programador, destaca.
Na área de
corretagem de imóveis também há espaço para novos profissionais. O segundo
vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná (Sindimóveis),
Cláudio Sandri, afirma que o mercado imobiliário está em expansão, por isso vale
a pena investir na profissão.
Serviço sempre tem. Algumas imobiliárias
têm vagas a ser preenchidas, revela. Ainda de acordo com ele, quem fizer o
curso de qualificação tem emprego garantido.
Juliana Damno