Enquanto a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado discute projeto que cria cotas sociais e racias, a UEM já reservou 20% das vagas para alunos de baixa renda
A proposta que cria o sistema de cotas sociais e
raciais nas universidades e escolas de ensino médio, em exame na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), reserva no mínimo 50% das vagas nessas
instituições para estudantes que tenham cursado o período escolar anterior
integralmente em escolas públicas.
Metade das vagas reservadas (25% do
total) deve ser preenchida por estudantes oriundos de famílias com renda per
capita de até 1,5 salários mínimos. A outra metade é reservada a alunos negros,
pardos e indígenas.
Na Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado em
meio a intensa polêmica, mesmo clima que prevalece agora no Senado. O presidente
da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), já se manifestou favorável à cota
social, com reserva de metade das vagas exclusivamente para estudantes de
famílias pobres que estudaram em escolas públicas.
No entanto, discorda
do acesso por critério étnico, por entender que é discriminatório. O projeto
agora na CCJ prevê a revisão do sistema de cotas dentro de dez anos.Os senadores
da comissão debaterão o assunto com o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos
de Souza, na próxima quarta-feira.
No próximo concurso vestibular , a
Universidade Estadual de Maringá (UEM) terá 20% das vagas direcionadas a alunos
de baixa renda e tiver cursado as séries do ensino fundamental e médio completos
em escolas públicas.
Na estréia da página Zoom-Debate, os jornalistas Jary Mércio
Almeida Pádua e Clóvis Augusto Melo apresentam seus argumentos pró e contra o
sistema de cotas, respectivamente.
Redação