Tabelão de O Diário/UEM completa seis meses; em relação aos preços médios, consumidor que pesquisou conseguiu economizar R$ 82,98 por compra
O levantamento semanal de preços nos supermercados
de Maringá o Tabelão de O Diário completa seis meses. A publicação de
hoje é a 24ª edição da pesquisa, coordenada pelo Departamento de Estatística da
Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Desde agosto, todas as
sextas-feiras, o consumidor encontra a relação de preços de 145 produtos em oito
diferentes redes de supermercados, com a indicação de onde encontrar os menores
valores para cada item. Em relação ao preço médio das compras no semestre, uma
família que tivesse utilizado o guia de compras desde o dia 15 agosto data do
primeiro Tabelão teria obtido uma economia média de R$ 82,98 por
compra.
No semestre, a economia acumulada é de R$ 1.991,41 quase cinco
vezes o salário mínimo nacional. Com este valor, é possível comprar 22 cestas
básicas completas, cada uma com 31 produtos essenciais para alimentar uma
família durante um mês. A pesquisa de preços oferece uma vantagem ainda maior
para o consumidor quanto maior é a concorrência entre as empresas. Foi o que
aconteceu na pesquisa do dia 19 de dezembro. A diferença entre o preço de uma
compra com os preços médios e com os menores preços foi de R$ 99,57.
Em
relação aos itens da alimentação, o Tabelão de O Diário registra um momento
marcante da economia atual. Quando a pesquisa começou a ser realizada, o mundo
saía da fase mais crítica da inflação dos alimentos, um dos sintomas da atual
crise mundial. Desde o começo de 2008, prevendo o estouro das bolsas de valores,
muitos investidores começaram a investir em commodities agrícolas, como soja,
milho e arroz.
Além da especulação, o aumento do consumo mundial desses
alimentos fez com que seus preços subissem ainda mais. Na metade do ano passado,
o movimento começou a se amenizar e os estoques mundiais começaram a se
recompor, causando diminuição sobre os preços dos alimentos. Por essa razão, o
Tabelão de O Diário registra uma deflação de 16,56% no preço da Cesta Básica em
Maringá.
O preço do feijão no primeiro levantamento era de R$ 3,81. No
levantamento do dia 19 de janeiro, o quilo do produto custava R$ 2,46 redução
de 35,46%. A redução também foi registrada no preço das carnes, que também
tiveram o preço pressionado no primeiro semestre por conta da inflação dos
alimentos. Na média, as carnes bovinas de primeira e de segunda ficaram 17% mais
baratas desde agosto em Maringá.
Aumento
Se ao longo
do segundo semestre de 2008, o Tabelão apontou redução no custo da alimentação,
2009 começa com nova pressão sobre os preços. Desde a semana passada, a Cesta
Básica em Maringá teve aumento de 6,81%, passando de R$ 82,66 para R$ 88,29. O
aumento interrompe uma série de quedas no preço dos 31 produtos básicos, que
havia começado no dia 2 de dezembro.
Os vilões da semana foram os
hortifrutis, que ficaram 13,35% mais caros. O quilo da batata foi o item com
maior reajuste: de R$ 1,06 para R$ R$ 1,33 alta de 25,47%. Os laticínios
também dispararam na semana. O queijo mussarela passou de R$ 8,39 para R$ 9,99
aumento de 19,07%. O quilo da carne de primeira sofreu reajuste de 18,83% nos
supermercados de Maringá, passando de R$ 7,70 para R$ 9,15.
Pela quarta
semana consecutiva, a Cesta Básica mais barata é oferecida pelo São Francisco
Supermercados: R$ 60,99. A mais cara é encontrada no Condor: R$ 88,79. Nesta
comparação, foram considerados apenas os produtos encontrados simultaneamente em
todas as empresas: 27 dos 31 itens estabelecidos pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento desta semana
foi realizado no dia 19 de janeiro, das 8 às 14 horas.