Sebrae coordena associação que vai pesquisar, difundir e aplicar tecnologias que permitam construção de imóveis com menor custo e em menor tempo
A queda nos custos da Construção Civil, em Maringá, é o objetivo de um grupo formado por oito entidades que reúnem pesquisadores, consultores e profissionais do ramo. O pontapé inicial foi dado oficialmente nesta sexta-feira, durante reunião na sede local do Sebrae.
Caso o projeto seja bem sucedido, o resultado serão imóveis construídos em prazos menores, com custos enxutos - reduzindo os gastos de quem poupa para comprar a casa própria.
A parceria visa ao desenvolvimento de tecnologias e aplicação de técnicas que reduzam os custos e o tempo das construções, sem diminuir a qualidade.
Para que os projetos migrem do meio acadêmico para o canteiro de obras e, finalmente, sejam sentidos no bolso do comprador de um imóvel, o caminho apontado é a associação de diferentes entidades, com finalidades distintas - desde lucro, ao reconhecimento profissional e ao avanço da ciência.
O plano é inédito: por meio de pesquisa das universidades UEM e Cesumar, serão buscadas tecnologias viáveis para redução dos custos das construções.
Uma vez desenvolvida a tecnologia, caberá à Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá (AEAM) difundir as descobertas entre os profissionais - para que eles passem a projetar edificações usando os novos materiais.
Simultaneamente, o Senai ensinará as alunos de Construção Civil - pedreiros, eletricistas e encanadores - a técnica para o manejo dos novos materiais.
E onde comprar os materiais viáveis para uma construção mais em conta? A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) poderá assumir essa função de busca, entre as empresas filiadas.
As obras, erguidas pelas empresas ligadas ao Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Noroeste do Paraná (Sinduscon) - que por sua vez sentirão o impacto direto da queda nos custos -, terão a supervisão do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).
As instituições discutirão juntas desde a escolha de qual área será pesquisada pelas universidades, à forma que as construções serão executadas.
A integração entre as entidades fica sob a batuta do Sebrae, idealizador do projeto. A estimativa é que cerca de 200 micro e pequenas empresas da região sejam assistidas e beneficiadas com esse planejamento estratégico.
Ainda não há previsão de quanto o projeto contribuirá para a redução dos custos na Construção Civil.
Queremos associar as entidades do setor, para definir estratégias comuns, diz o presidente regional do Sinduscon, Marcos Mauro Pena de Araújo Moreira Filho.