OAB classificou o projeto editorial do jornal como 'uma manifestação inédita de cidadania'; para o Observatório das Metrópoles trata-se de 'um avanço' em meio à parcialidade
Baseado em uma lista de dez normas e princípios editoriais, publicadas no sábado na edição online e na capa de domingo da versão impressa, O Diário deixou claro a Maringá e região do lado de quem estará nas Eleições 2008: do eleitor.
Com imparcialidade e independência, O Diário optou por um modelo de cobertura eleitoral que vem dando certo nos jornais mais renomados do mundo. Será dada ênfase àquilo que os eleitores desejam perguntar e não àquilo que os candidatos querem dizer aos eleitores.
Nesta segunda-feria, entidades maringaenses - sem vínculo político - foram ouvidas para falar sobre a postura assumida pelo jornal.
Estamos recebendo essa notícia (Princípios Editoriais e Normas de Conduta de O Diário nas Eleições 2008) como uma manifestação inédita de cidadania em Maringá, declarou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção Maringá, César Augusto Moreno.
A OAB entende que o compromisso assumido pelo jornal demonstra seriedade em relação a princípios que devem pautar a cobertura jornalística das eleições: objetividade, impessoalidade, clareza e transparência.
De acordo com Moreno, a posição adotada por O Diário contribui com a defesa do interesse público.
Esses princípios demonstram que um dos principais veículos de mídia de Maringá está preocupado em assegurar ao cidadão a liberdade de escolha de seu candidato, seja ele quem for, argumentou o presidente da subseção da OAB.
A Ordem, segundo o presidente, também planeja uma série de ações em prol do eleitor.
Pretendemos lançar um projeto mais audacioso para combater a corrupção eleitoral, ou seja, para dar ao cidadão liberdade ampla para escolher o candidato livremente, comentou Moreno, adiantando que o projeto se chamará Ficha Limpa nas Eleições.
Um avanço
Coordenadora do Observatório das Metrópoles da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a doutora em sociologia Ana Lúcia Rodrigues classificou as dez normas e princípios editoriais adotados por O Diário como um avanço.
Disse, contudo, que o Observatório estará atento ao cumprimento dos itens anunciados aos leitores. Quando um veículo de comunicação assume o compromisso de manter a imparcialidade, e se isso ocorre de fato, significa realmente um avanço.
De acordo com Ana Lúcia, a declaração pública de imparcialidade surpreende num cenário em que os veículos de comunicação, segundo ela, costumam ser tendenciosos.
O que acontece muito nas cidades menores é a parcialidade da imprensa. Isso é terrível, porque quem tem o meio de comunicação na mão garante vantagem para quem ele apóia frente aos outros candidatos, opinou a socióloga.