Hospital quer se dedicar mais aos atendimentos de alta complexidade. Os casos simples devem ser tratados nos postos de saúde
Referência
para Maringá e os 29 municípios da 15º Regional de Saúde no atendimento
de casos graves, o Hospital Universitário atende todo mês um volume
considerável de pacientes
com problemas de saúde que fogem à sua competência. O enfermeiro
Marinaldo José dos Santos, chefe da divisão de atendimento, explica que
a exigência de profissionais
e de espaço físico criada pelos pacientes de demanda espontânea acaba
desviando o foco do atendimento de alta complexidade. Esses
atendimentos correspondem a cerca de 30% do movimento total do
hospital, que em novembro foi de 3.749 atendimentos.
Na tentativa de diminuir a demanda espontânea por atendimento em casos
simples, o HU inicia, na semana que vem, a distribuição de folhetos
explicativos sobre as situações nas quais o pronto-socorro do hospital
deve ser procurado. O material será distribuído em todas as recepções,
acompanhado de orientações fornecidas pelos servidores.
Além dos folhetos, três placas informativas serão instaladas em pontos
estratégicos: na avenida Mandacaru, na entrada do hospital e nas
proximidades do pronto-socorro.
Opção
Em geral, os pacientes de demanda espontânea buscam atendimento no HU à
noite, normalmente para retirada de sondas, com cortes simples ou
apresentando sintomas de gripe forte. Estes casos, de acordo com
Santos, devem ser tratados no Hospital Municipal ou na Policlínica Zona
Norte no período noturno. Durante o dia, o paciente deve se dirigir a
uma das 24 unidades básicas de saúde.
Com o HU ficam os casos graves, a exemplo das vítimas de tiros,
facadas, quedas, intoxicação com veneno químico ou de animais
peçonhentos e de acidentes de trânsito, entre outros. Todo paciente
que procura o hospital é atendido, mas enquanto a equipe se envolve com
alguém que está com cólica forte, pode deixar a desejar na assistência
daquele que foi intoxicado, por exemplo, diz o chefe da divisão de
atendimento.