A proibição da venda e consumo de álcool provocou a manifestação de cerca de cem jovens nesta segunda-feira, pelas ruas do Jardim Universitário; grupo chegou a bloquear a Colombo
Uma passeata pelas ruas da Zona 7 marcou, na tarde desta segunda-feira, o segundo dia de provas do Vestibular de Verão da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
No manifesto, que terminou em frente à Reitoria, os universitários apresentaram uma série de reivindicações, a principal delas pedindo o fim da Lei Seca no entorno da UEM.
A proibição da venda de bebidas alcoólicas próximo ao campus é proibida por lei municipal desde a edição do Vestibular de Inverno deste ano.
Outra reclamação era a falta de local próximo à UEM para realização de festas. No começo de novembro, o pedido do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para o uso da Vila Olímpica foi negado pela força-tarefa formada por policiais, moradores e governo municipal.
A passeata começou nas dependências da UEM, por volta das 13h30, e percorreu as ruas próximas à universidade. Ao som de batucadas, gritos no megafone e uso de frases como "a Zona 7 é nossa", os manifestantes, cerca de 30 no início da caminhada, foram conquistando novos adeptos - logo, o número já passava de cem.
Nas faixas, estava estampado o descontentamento em relação à lei seca.
"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro", anunciava uma.
Em outra, constava o nome da mobilização: "1ª passeata contra a Lei Seca".
Idéia de um grupo de estudantes que ganhou fôlego com o apoio do DCE e dos centros acadêmicos de Psicologia, Filosofia, Arquitetura e Química.
"O movimento surgiu numa roda de estudantes, de forma independente", comentou o ex-presidente do DCE, Philip Natal.
"Pedimos apenas um local para fazer nossa confraternização", acrescentou o estudante de Ciências Biológicas, que também critica a ação policial - a qual considera repressiva - nas imediações da UEM, durante o vestibular.
A caminhada prosseguiu até a Avenida Colombo e, no cruzamento com a Rua Professor Lauro Werneck, o trânsito foi interrompido por alguns minutos. Foi o suficiente para causar um buzinaço da parte dos motoristas.
Da Colombo, os universitários seguiram para o prédio da Reitoria.
"Queremos o apoio da reitoria para o projeto ?Vestibular ComCiência?, apresentado à força-tarefa, que negou nosso pedido por alegar falta de tempo hábil para realizar o evento com segurança", comentou o estudante de Zootecnia e coordenador-geral do DCE, Adalto Pereira Gomes Neto.
Membros do DCE foram recebidos pelo vice-reitor Mário Azevedo, que recebeu a comissão e avaliou o pedido de apoio contra a lei seca e em favor de um local para a realização das festas promovidas pelos estudantes.
Ficou definido, segundo a assessoria de imprensa da UEM, que uma nova reunião será marcada para a semana que vem.