Em qual posto abastecer e como ter a garantia da qualidade do combustível são pontos de interrogação que pairam sobre muitos consumidores de Maringá.
Para sanar as dúvidas, motoristas terão, semanalmente, até o fim do ano, a garantia da qualidade do combustível comprado em postos da cidade.
É o que pretende o Procon que, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), está colhendo amostras de álcool, gasolina e diesel em 170 postos entre Maringá e Iguatemi. Os trabalhos começaram no início deste mês.
O objetivo da ação, segundo o coordenador interino do Procon de Maringá, Luiz Carlos Manzato, é averiguar a qualidade dos combustíveis vendidos na cidade. Ele diz ainda que o trabalho é preventivo e também se baseia em denúncias.
Por dia, a equipe do Procon visita três ou quatro postos, coletando amostras. O trabalho não é diário, limita-se a duas vezes por semana. A explicação, segundo Manzato, é o preço das análises. Cada uma custa R$ 45. O valor é alto, justifica. O resultado dos testes fica pronto em uma semana.
Nas análises coletadas, o laboratório da UEM fará exames para verificar a porcentagem de álcool na gasolina que, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), deve estar em 25%, (com tolerância de 2%).
A mistura de outros solventes à gasolina também será averiguada em testes laboratoriais, assim como o teor de água adicionado ao álcool, que deve ficar entre 5,3% e 7,4%.
No ano passado, o Procon recolheu amostras de combustíveis em postos da cidade. O resultado apontou gasolina adulterada em quatro postos. A punição foi a aplicação de multa no valor de R$ 5 mil.
Manzato conta que se for verificado na análise que está em andamento, que o posto já autuado apresenta nova alteração no combustível, o valor da multa pode dobrar.
Com base nos resultados das análises coletadas em 2007, Manzato afirma que a margem de combustível adulterado foi pequena e conclui que a qualidade do combustível vendido em Maringá é boa.
Pesquisa
Entre dezembro de 2007 e fevereiro deste ano, a ANP realizou testes em gasolina e álcool vendidos em postos do Paraná.
Em contrapartida com a pesquisa do Procon, feita no ano passado, a ANP constatou que, na região que compreende Maringá, Campo Mourão e Cianorte, o combustível mais adulterado foi o álcool.
A região teve a segunda maior média de não-conformidade de álcool do Estado, perdendo apenas para a área de Ponta Grossa, Campo Largo, Araucária, Campina Grande do Sul e Castro, com 5,3% de adulteração.