A rede hoteleira de Maringá oferta, segundo o Maringá e Região Convention & Visitors Bureau (MRCVB), 3 mil leitos, menos da metade da demanda dos estudantes de outras cidades que prestarão o vestibular na Universidade Estadual de Maringá (UEM).
As provas serão realizadas de 30 de novembro a 2 de dezembro. A UEL registrou 16.657 inscrições, 40% das quais (6,6 mil) são de estudantes de outra cidade.
O Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Maringá (Sindhotel)
recomenda que o vestibulando que ainda não fez a reserva da hospedagem
a faça o quanto antes.
"No vestibular de inverno tivemos 100% da rede hoteleira lotada e,
mesmo assim, não suprimos a demanda. Em agosto, tive de hospedar um
conhecido de Curitiba porque não tinha um único quarto de hotel
disponível", comentou o presidente do Sindhotel, Mário Roberto
Andregheti.
Segundo Andregheti, a ocupação dos hotéis é maior no Vestibular de
Inverno da UEM, porém, o déficit de hospedagens pode se repetir neste
final de ano.
Ocorrendo isso, o presidente eleito do Sindhotel - que assume o cargo
em janeiro -, Genir Pavan, orienta os vestibulandos a buscar hospedagem
em cidades vizinhas ou a recorrer a locais alternativos, como pensões e
até casas de famílias que alugam quartos para os estudantes. Os motéis
são apontados como opção.
"Natal"
As pensões situadas no Jardim Universitário e na Zona 7, devem lotar.
No Pensionato da Marlene, na Rua Osvaldo Cruz, distante cerca de 700
metros da UEM, não são mais aceitas reservas para o período de provas.
"Tenho 20 vagas e faz 30 dias que não tenho mais quartos para o período
do vestibular", disse a proprietária, Marlene Castilho.
Andregheti ironiza: "o vestibular da UEM é como se fosse o Natal do
setor", que inclui restaurantes, bares e shoppings. Nos
estabelecimentos próximos à UEM - mas fora do chamado quadrilátero
central, onde a venda e bebidas alcoólicas será proibida (ver box) -, o
movimento dos barzinhos pode até dobrar, estima Pavan.
Shoppings e bares (do centro) também sentirão os efeitos positivos do
grande número de estudantes. "Nesses locais o movimento sobe em média
30%", afirma.
Pedido
Embora as expectativas do Sindhotel para este vestibular sejam boas,
Andregheti garante que poderia ser melhor. "O Vestibular de Verão,
quando era em janeiro, trazia mais movimento que agora, em dezembro.
" Ele explica que, em janeiro, as principais universidades de São Paulo
realizam seus processos seletivos e, assim, concorrem com a UEM. O
Sindhotel já levou à UEM o pedido para que o vestibular volte a ocorrer
no início do ano.
OCUPAÇÃO TOTAL
"Tenho 20 vagas e faz 30 dias que não tenho mais quartos para o período do vestibular"
Marlene Castilho
Dona de pensionato