Estudantes querem concentrar as festas na Vila Olímpica, para evitar transtorno aos moradores
Uma força-tarefa envolvendo policiais, moradores e a prefeitura de Maringá, Noroeste do Paraná, foi montada para inibir eventuais excessos dos estudantes durante o Vestibular de Verão da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O início das atividades está marcado para o dia 28, dois dias antes de começarem as provas, que vão de 30 de novembro a 02 de dezembro.A força-tarefa é integrada por várias entidades, como Conselho Municipal de Segurança, Polícia Militar e Civil, prefeitura, Associação de Moradores da Zona 7 e Diretório Central dos Estudantes da UEM.
De acordo com o tenente Oliver Augusto Spanghero, integrante da força-tarefa, a intenção do grupo é fiscalizar o cumprimento da Lei Municipal 8405/2008, que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas no entorno da UEM durante a realização do vestibular, entre a avenida Colombo e a rua Vitória, na Zona 7.
Haverá um reforço policial na região durante o período de provas, e também vamos intensificar as abordagens, para evitar aglomeração de estudantes, afirma Spanghero.
Nova proposta
O conflito entre estudantes da UEM durante o vestibular e os moradores da região já dura mais de três anos. Segundo conta o sargento da Polícia Militar, Argeniro Mendes Ferreira, a situação chegou ao auge durante as provas de verão de 2007. Os estudantes, aglomerados, fecharam as ruas, que são essenciais para a circulação de carros na região. Colocaram piscinas, sofás e carros de som ligados até de madrugada, diz. O presidente do DCE, Caetano Eduardo Roma reconhece a situação. Houve excessos dos estudantes, mas dos policiais também, que acabaram coibindo as festas de forma repressiva, afirma.
Após essa situação, a força-tarefa foi montada durante o Vestibular de Inverno de 2008 e a Lei Seca foi decretada na região, pondo fim às festas estudantis.
Para que os vestibulandos tenham uma opção de lazer durante esta edição, o DCE apresentará um projeto para concentrar os estudantes no Complexo Esportivo Vila Olímpica, Zona 7. O projeto será enviado na próxima reunião do grupo, que acontecerá na segunda-feira (17).
A intenção é reunir 10 mil pessoas. Queremos colocar um palco para apresentações musicais e fazer um espaço gastronômico, com barraquinhas vendendo comidas e bebidas. Estas seriam comercializadas por entidades sociais, donos dos bares que ficam em volta da UEM e também a Associação dos Artesãos de Maringá, explica Roma.
Segundo o presidente do DCE, a solução iria diminuir os transtornos dos moradores e não privaria os estudantes de terem uma opção de lazer após saírem das provas.
De acordo com o tenente Spanhero, a proposta deve ser analisada com cuidado, uma vez que a Vila Olímpica está passando por reformas. Mas a decisão será tomada em conjunto com todas as entidades que compõem a força-tarefa, afirma.