Assassinado em vinte de novembro de 1645, ele sonhava em coexistir de forma pacífica, luta que hoje se estende à integração racial. Há seis anos, o projeto Abrindo Gavetas, de Maringá, carrega esta bandeira, e comemora os avanços em um evento durante a Semana da Consciência Negra.
Para esta edição a proposta é uma virada cultural com o tema: "Um tour pela África e Brasil", que será realizado nesta sexta-feira.
O evento, na FestServ (Avenida Carlos Borges, n° 198 - Praça Alencar Furtado), tem início às 23 horas. Os ingressos antecipados custam dez reais.
A programação prevê uma noite inteira de atividades culturais que pretedem apresentar ao público os contornos da cultura de cada nação, valores e saberes que se misturam no cotidiano dos povos brasileiro e africano.
A diversidade está na programação da virada que vai contar com música e dança das duas nações: shows de samba de raiz, apresentação de gafieira, som de atabaque, samba no pé e até um desfile de trajes típicos de países africanos.
A brasileiríssima capoeira é outra atração da festa.
"É uma manifestação cultural genuína que nasceu de elementos africanos e absorveu contornos da cultura dos outros povos do Brasil", explica o capoeirista Reginaldo Calado de Lima, o "Antena", do Grupo Muzenza.
Para uma das organizadoras do evento e coordenadora do projeto, Maria Vergínia Gonçalves dos Santos, a falta de conhecimento sobre a cultura de origem africana também se torna um obstáculo à integração e a partir destes eventos, o grupo espera aumentar a proximidade entre Brasil e África.
O intercambista Blowshande M. Cali, o "Didi", de Guiné Bissau, estudante de Psicologia, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), lamenta que os brasileiros saibam tão pouco sobre a África, mas fica feliz ao perceber como o País recebe os estudantes africanos.
"Ninguém nos tratou com atitudes racistas. Em outros países é bem mais difícil", diz.
Serviço:
Mais informações pelos números de telefone 44 8417-0142 ou 3028-5210.