Mais de 100 pessoas estão envolvidas nas atividades que serão oferecidas a partir desta quinta-feira, dia 9
O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), é uma das atrações da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá – Expoingá. O evento, que completa 50 edições e ocorre entre 9 e 19 de maio, vai contar com parte do acervo científico do Mudi, entre outras atividades propostas por dezenas de setores da Universidade.
A expectativa para a participação do Mudi na Expoingá deste ano são altas. A estimativa é superar a média de visitantes de 2023. O coordenador do Mudi, o professor Celso Conegero, lembra que “não existe forma melhor da Universidade prestar serviço à sociedade do que a participação em eventos que recebem um grande número de pessoas, como a Expoingá. Quem visitar a Feira Agropecuária terá a oportunidade de ter acesso ao conhecimento que é produzido dentro da universidade. Essa parceria é fantástica”, disse o coordenador.
O Mudi é um museu interdisciplinar de ciências, localizado na Universidade Estadual de Maringá. O órgão executa mais de 30 projetos de extensão, que é a maneira pela qual o conhecimento da universidade é levado para a sociedade.
Além disso, há muita ciência distribuída pela estrutura física do Museu. Tem informações sobre química, física, biologia, matemática e diversas áreas da saúde. Há ainda o acervo biológico (foto acima). “É um grande espaço para a disseminação de conhecimento, para a valorização das atividades de extensão que a universidade acaba desenvolvendo”, acrescenta o professor.
História – Mudi e Expoingá representam uma parceria antiga. Segundo Conegero, as primeiras participações do Mudi foram na década de 1990, quando o espaço ainda era o Centro Interdisciplinar de Ciências e participava de um programa de governo chamado Fera Consciência. O projeto era desenvolvido na Sociedade Rural de Maringá. O Museu participava não só da exposição agropecuária de Maringá, mas de várias outras que aconteciam no Paraná.
Naquele momento, as atividades não tinham uma temática específica. A partir de 2019, a administração da Sociedade Rural fez um convite para que o Museu trabalhasse em parceria com temáticas específicas. A primeira foi dos dinossauros, “Passado-presente da biodiversidade”. Em 2020 e 2021 não houve a Expoingá. Em 2022, a temática foi “Da Terra ao espaço”. Além de trabalhar essa temática, o Mudi ainda atuou no processo de revitalização do Horto Didático de Plantas Exóticas até a estrutura de jardinagem. “Ou seja, a Universidade desenvolveu um belíssimo trabalho em parceria com a Sociedade Rural. E, em 2023, a temática foi ‘O Agro em Movimento’”, lembrou o professor.
Celso Conegero destaca que todo esse trabalho não é feito só pelo Mudi. Os alunos atuam como mediadores. Eles são bolsistas e voluntários do Museu. Porém, há ainda parcerias com o Centro de Ciências Agrárias, com o Departamento de Zootecnia, o Departamento de Agronomia, todos da UEM. Os resultados dos projetos de pesquisas que são desenvolvidos nessa área estarão disponibilizados para a comunidade envolvida com a atividade. Além disso, o MUDI está participando do processo de construção do Museu Agropecuário, junto com a Sociedade Rural de Maringá.
Mudi em 2024 – Com esse trabalho todo o resultado é que, durante os 11 dias da Expoingá, os visitantes poderão curtir algumas das atrações mais populares do Mudi. A temática deste ano é “Com Ciência, Tradição, Inovação e Sustentabilidade”.
“A gente vai contar um pouco da nossa história, a história do Mudi junto com a Sociedade Rural, considerando que a Feira completa 50 anos de existência. A nossa expectativa é que a gente contribua para levar para a população, de uma forma geral, um pouco dessa trajetória”, promete Conegero.
As atrações coordenadas pelo Museu vão ocupar uma área de aproximadamente 500 m², no Pavilhão Branco, do Parque de exposições Francisco Feio Ribeiro. Por lá, estará o giroscópio, por exemplo, um equipamento da física que simula um ambiente sem gravidade.
A área dos Jogos e Experimentos Matemáticos está preparando sessões de interatividade com a população. O caleidoscópio, um equipamento em que imagens são refletidas por jogos de espelho, dará um aspecto visual muito bacana e vai permitir que os visitantes entendam aspectos científicos.
O pessoal do projeto de Logística Reversa vai apresentar obras de artes produzidas com material que seria descartado. E a Tecpar, que é um órgão do governo do Paraná, vai demonstrar os serviços que a equipe disponibiliza para a população.
No ambiente do tabagismo, além da demonstração de material anatômico com patologias relacionadas ao tabaco, a equipe vai cadastrar pessoas que querem parar de fumar e que serão atendidas pela universidade, no futuro.
Haverá, ainda, o ambiente da Amazônia, que é coordenado pelo Núcleo de Pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia). O espaço vai contar um pouco sobre as comunidades ribeirinhas, inclusive, com acervo museológico.
Visitantes - O público vai encontrar no Pavilhão, também, uma caixa interativa de foto, outro ambiente com jogo de espelhos e imagens coloridas para as pessoas documentarem a passagem pela Feira (foto acima).
“Em relação às histórias, o Casulo Feliz, outro parceiro, vai contar um pouquinho da história da seda desde a produção até a confecção de utensílios que serão mostrados por lá. A Amudi, a Associação dos Amigos do Mudi, vai falar um pouco da sua história e sua relação com o Museu, explicando porque ela existe. O Museu da Bacia do Paraná, sempre em parceria com o Mudi, vai mostrar o acervo histórico de Maringá e da região, que faz parte da história da própria Sociedade Rural. E nós teremos também, é claro, a equipe de comunicação fazendo a documentação e a divulgação de tudo isso na Expoingá”, anunciou Celso Conegero.
De 2019 para cá, a estimativa é que cerca de 300 mil pessoas passaram pelos espaços do da Expoingá, a cada edição. Em 2023, mais de 500 mil pessoas foram a Feira e viram, também, a exposição do Museu. A expectativa em 2024 é que a média de público supere o ano passado.
“É bastante coisa bonita que a gente está preparando”, acrescentou um dos organizadores e executores do projeto do Mudi na Expoingá, o professor e curador do Museu, Marcílio Hubner de Miranda Neto. “Considerando alunos, técnicos administrativos, professores, voluntários, mais de 100 pessoas estão envolvidas na organização e realização do Mudi na Expoingá 2024. Estamos trabalhando muito para receber a população da região por aqui. Esperamos por todos”, convidou Hubner (de óculos, na foto acima com monitores).
Para saber mais sobre a programação completa do Mudi na Expoingá 2024, siga o Instagram do Mudi e acesse nosso site. Assim você ficará por dentro da cobertura do evento.
Texto produzido em colaboração com a bolsista do Mudi, Luiza da Costa, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM