Reabertura do Restaurante Universitário no período noturno foi uma das primeiras ações da atual gestão da reitoria
O Restaurante Universitário (RU), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), completa nesta terça-feira (30) um ano de retorno da oferta de refeições no jantar. A medida foi uma das primeiras da atual gestão da reitoria. O reitor da UEM, Leandro Vanalli, e a vice-reitora, Gisele Mendes, consideram o RU uma das mais importantes políticas de permanência e assistência estudantil, pois possibilita que estudantes tenham dentro da universidade uma alimentação saudável a um custo mais acessível do que em restaurantes privados.
Para comemorar a data, a reitoria da UEM está introduzindo no cardápio do RU algumas opções vegetarianas e isentou as taxas adicionais nas compras de tíquetes de alimentação por cartão de crédito e débito desde a semana passada. Os pratos vegetarianos foram grão de bico ao molho, macarrão com ervilha, ovos e polenta. “Inicialmente, esta novidade no cardápio está prevista para pelo menos um ou dois dias da semana, mas estamos nos preparando para que as refeições vegetarianas sejam ofertadas todos os dias da semana a partir do segundo semestre do ano”, revela o diretor da Diretoria de Assuntos Comunitários (DCT), Wilson Rinaldi.
Antes da reabertura para o jantar em 30 de janeiro de 2023, o RU ficou por três anos sem refeições no período noturno. De acordo com o chefe do RU, Fábio José Kelmer, o atendimento do RU cresceu 92,8% após o retorno do jantar, pulando de 1.400 para 2.700 a média diária de refeições servidas por dia. “O crescimento não foi apenas das refeições no jantar, que em média são de 600 por dia, a demanda cresceu também no almoço, que saltou de 1.400 para cerca de 2.100 refeições/dia”, explica Kelmer.
A reportagem esteve no RU na última semana para colher opiniões dos estudantes no jantar. Os três universitários entrevistados foram unânimes em considerar o restaurante uma importante estrutura de atendimento para a comunidade acadêmica. A aluna do quarto ano de História, Evellyn Viana, avalia o período em que o RU deixou de servir refeições. “Antes do retorno do jantar, a gente ficou sem o RU no pós-pandemia. Foi muito ruim para os estudantes. Além de gastar mais dinheiro, a gente não comia refeições tão saudáveis e fazia muito mal para a nossa saúde”, avalia.
Apesar de questionar o valor da refeição, pois tem amigos que estudam em universidade federal e pagam a metade do preço, o estudante do 2º ano de Engenharia de Produção, Emerson Woei Jye Tueng, que é de São Paulo, elogiou a qualidade da comida. “Eu me sinto mais seguro, com uma preocupação a menos, pois sou de fora e se tivesse que sair para comprar alimentos e cozinhar ficaria difícil pois o curso de Engenharia de Produção é bem puxado e não teria tempo”. Tueng almoça todos os dias na UEM e em pelo menos três dias da semana também volta para o jantar.
“Ter duas refeições na universidade facilita demais a rotina dos estudantes, principalmente daqueles que moram fora de Maringá e ficam até às 22h na universidade”, comenta Fernando Esono, do Guiné Equatorial, estudante do 2º ano de Ciências Contábeis. Esono, mesmo tendo costumes alimentares diferentes, também almoça todos os dias e volta para jantar em torno de três vezes na semana no RU, pois considera boa a alimentação servida no RU.
Café da manhã
As melhorias no cardápio do RU não param com o acréscimo de opções vegetarianas. Segundo Rinaldi, também está prevista para o segundo semestre deste ano a volta da oferta do café da manhã. “Estamos licitando a compra de equipamentos e também já está previsto a contratação de mais dez funcionários e duas nutricionistas para que possamos implantar com segurança o cardápio vegetariano e o café da manhã no segundo semestre deste ano”, garante Rinaldi. Atualmente, a equipe de colaboradores é composta por 43 funcionários, sendo 22 efetivos e 21 terceirizados.
“Leva um tempo para a implementação de opções vegetarianas no cardápio, pois temos que alterar o sistema das compras, recebimento, manutenção, processamento até a compra de equipamentos adequados, como triturador. Muda toda aquela linha de produção, ela precisa ser readequada para a alimentação vegetariana”, diz Kelmer.
Outro planejamento é a informatização com a implantação de catracas eletrônicas que estão passando por testes. Novo sistema de entrada visa reduzir filas de espera.
Além de servir duas refeições por dia para a comunidade universitária, a UEM mantém em torno de 150 bolsas Permanência Estudantil, que oferecem aos alunos um recurso de R$ 700, cerca de 350 bolsas de auxílio-alimentação, sendo que destas 40 são específicas para alunos indígenas e 40 para alunos estrangeiros, e também 500 bolsas empreendedor no valor de R$ 500. O auxílio-alimentação oferta 100% de isenção no almoço e jantar para alunos que estejam em situação de vulnerabilidade social.
“Nos preocupamos também com a qualidade e variação dos alimentos, buscando melhoria do cardápio e atendimento do público. E a atual administração tem dado todo o apoio. O reitor e a vice-reitora estão empenhados na resolução das pendências para que o RU cada vez mais ofereça mais e melhores refeições a toda comunidade acadêmica”, conclui Rinaldi.
Horários e preços
O almoço é servido das 11h às 13h e o jantar, das 18h às 19h30, de segunda a sexta, exceto feriados e recessos. O RU da UEM aceita pagamentos em dinheiro, cartões de débito e crédito e desconto em folha de pagamento para servidores. O horário de venda de tíquetes de refeição é das 9h às 13h e das 18h às 19h30.
Os valores para ambas refeições são:
• R$ 5 (estudantes da UEM, identificados com Registro Acadêmico, e servidores da UEM que recebam até três salários mínimos, identificados com carteira funcional);
• R$ 10 (servidores da UEM e docentes que recebam acima de três salários mínimos, identificados com carteira funcional);
• R$ 19 (visitantes)
É obrigatório apresentar a carteira de estudante emitida pela Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA) ou um documento pessoal com foto.