Vinculados às pós-graduações de História e Farmácia, o financiamento para as pesquisas é de R$ 322 mil
Os projetos "O Novo Mundo de pragas: animais peçonhentos e venenosos nas Américas Portuguesa e Espanhola dos séculos 16 e 17" e “Desenvolvimento de sistemas nanoestruturados utilizando polímeros responsivos ao ambiente para o controle da liberação de agentes biologicamente ativos de origem natural ou sintética”, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), são contemplados em Chamada n.° 14/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de Apoio a Projetos Internacionais de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação.
Pertencentes as áreas de História e Farmácia, respectivamente, o financiamento para a execução do projeto conta com um total de R$ 322 mil, distribuídos em bolsas nas modalidades de pós-doutorado, doutorado-sanduíche, pesquisador visitante e organização de eventos acadêmicos.
História
Referente ao Laboratório de História, Ciências e Ambiente (LHC), do Programa de Pós-Graduação em História (PPH), do Departamento de História (DHI), a proposta do projeto foi elaborada pelo professor e coordenador do LHC, Christian Fausto Moraes dos Santos. Também contou com a participação das doutorandas Anelisa Gregoleti e Gabrielle Legnaghi.
A pesquisa promoverá a internacionalização da ciência brasileira a partir de uma parceria com as seguintes universidades latino-americanas: Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), Universidad Autónoma de Chile (UA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
O objetivo do projeto é construir uma história dos primeiros contatos dos colonizadores europeus com os animais considerados pragas agrícolas, venenosos e peçonhentos. O projeto busca, de forma interdisciplinar, ampliar os conhecimentos sobre a região tropical americana, no período colonial, e sobre ofídios e práticas antiofídicas no âmbito da história.
Com potencial de dar grandes contribuições para os estudos ambientais e suas bases, a pesquisa também possui relação com os estudos relacionados ao conceito de antropoceno, nova era geológica na qual as atividades humanas têm um impacto significativo e duradouro na Terra.
“O pressuposto básico para se encampar tal empreitada é o trabalho em equipe. Algo que procuro ensinar continuamente aos meus orientandos. Tanto é que compartilho o mérito de tal conquista com a equipe de jovens pesquisadores sob minha orientação no LHC”, assegura Christian Santos. “O sentimento de realização também se estende à oportunidade que tal financiamento representa para a História das Ciências, área de pesquisa à qual me dedico e que possibilita o diálogo e interlocução com, praticamente, todas as áreas de conhecimento da universidade”.
Farmácia
Vinculado ao Programa da Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PCF), do Departamento de Farmácia (DFA), o projeto contará com o apoio da University College London, da Universidade Nacional da Colômbia e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Os responsáveis pela elaboração da pesquisa são: o diretor de Pesquisa, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) e professor do DFA, Marcos Luciano Bruschi; Michael Thomas Cook, de Londres; Diana Marcela Aragon Novoa, da Colômbia; Renato Sochini Gonçalves da UFMA; Wilker Caetano e Jéssica Bassi da Silva da UEM; e as doutorandas Denise Tiemi Uchida, Mariana Carla de Oliveira e Maria Vitória Botan, ambas da UEM.
Por meio da obtenção de sistemas semissólidos e filmógenos, com boas propriedades mecânicas, reológicas e bioadesivas, e da liberação controlada de agentes ativos naturais ou sintéticos, serão produzidos medicamentos de maior segurança e qualidade.
*Texto redigido com a supervisão dos jornalistas da Assessoria de Comunicação Social (ASC)