O projeto que viabiliza a ação das bolsistas nos hemocentros é financiado pela Fundação Araucária, Seti e Sesa
A coleta de sangue de pessoas que tiveram Covid-19 está sendo realizada em diversas Unidades de Coleta e Transfusão do Paraná. Hemocentros e Hemonúcleos de Maringá, Umuarama e Cianorte são alguns deles. A ação, que está em andamento desde outubro, conta com a ajuda de enfermeiras e biomédicas do projeto “UEM no combate ao coronavírus”.
“A UEM participa de diferentes formas no enfrentamento da epidemia do novo coronavírus. Desenvolve pesquisas, participa de pesquisas nacionais e internacionais para estudo de novos tratamentos, orienta a população, presta atendimento a pessoas com Covid-19, entre outras coisas. A ação nos Hemocentros e Hemonúcleos com o plasma convalescente traz esperança para pacientes com quadros graves da doença e fazer parte desta ação é muito importante para nós da UEM e, também, para a comunidade em geral”, declara a pró-reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM), Débora de Mello Sant’Ana.
Em Cianorte, a enfermeira Daniela da Graça iniciou as atividades em outubro, na coleta de sangue tradicional e, logo em seguida, na coleta do plasma hiperimune, que vem de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e que se recuperaram, podendo fornecer anticorpos para pacientes ainda em tratamento. Não são todos que tiveram o vírus que podem ser doadores, existem alguns critérios e impedimentos.
“Eles precisam ter feito o exame de RTPC-R, mulheres que já foram gestantes não podem doar, elas desenvolvem outros tipos de anticorpos que estão associados a reações graves”, explica Daniela. Em média, de duas a quatro pessoas doam o plasma por semana. Este material é processado no Hemocentro de Maringá e o plasma liberado volta para a unidade de Cianorte, de onde é encaminhado para o Hemepar Paraná.
Umuarama – Já em Umuarama, a técnica de enfermagem Fernanda Fagundes Jacome (foto acima) ajuda na coleta do plasma e em toda a rotina do local. Para o coordenador do Hemocentro de Umuarama, Claudio Franciscone, esta bolsista foi um presente e agregou muito na rotina do local. “Uma técnica de enfermagem capacitada foi de extrema importância. Ela nos ajuda desde o atendimento à orientação do doador”, destaca ele.
A profissional, que antes trabalhava em um hospital da cidade, está gostando muito da experiência e conta que o aprendizado vem sendo enorme. “É uma nova experiência, uma nova rotina que eu estou aproveitando e gostando muito”, comenta Fernanda.
Maringá – No Hemocentro de Maringá (foto acima) são duas bolsistas: Diúlia Ribeiro da Silva e Paloma Monteiro Costa, as duas biomédicas. Uma começou em maio e a outra em setembro. A diretora do Hemocentro de Maringá, Márcia Momesso, conta que este apoio veio em um momento primordial. “Nós já estávamos defasados quanto ao número de profissionais e, com a pandemia, alguns foram afastados por serem do grupo de risco e, esporadicamente, um ou outro acaba se ausentando por ter sintomas respiratórios. Então, as duas profissionais vieram suprir esta demanda e vêm nos ajudando muito”. Márcia conta que elas foram treinadas e, hoje, atuam na área técnica, dentro dos laboratórios.
O local, que também está fazendo a coleta de plasma hiperimune, recebe a solicitação de sangue de hospitais de Maringá e toda a região. Para Márcia, a triagem das pessoas que podem doar este plasma é o grande desafio. “Como existem vários critérios, de 20 pessoas que ligamos, conseguimos realizar a coleta de duas ou três, porque os outros não estão aptos, ou já tiveram gestação ou já passaram do prazo para doar”.
“UEM no combate ao coronavírus” – O projeto que viabiliza a ação das bolsistas nos Hemocentros é financiado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA) em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A UEM atua nos municípios da 15ª Regional de Saúde (Maringá), 12ª Regional de Saúde (Umuarama), 13ª Regional de Saúde (Cianorte) e 22ª Regional de Saúde (Ivaiporã).
Texto redigido em parceria com a jornalista do Projeto, a jornalista Vanessa Bellei