Elas formam uma rede de solidariedade ao hospital universitário no combate à Covid-19; vejam as fotos
Sensibilizadas com o chamado público do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) para pedir ajuda no combate à pandemia do Coronavírus, uma rede com 56 costureiras e algumas indústrias têxteis, facções e tapeçarias estão atuando voluntariamente no apoio à unidade hospitalar.
São pessoas físicas e jurídicas não apenas de Maringá, mas também dos municípios de Mandaguaçu, Marialva, Paiçandu e Sarandi. Elas ligaram para o HUM, que é da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fizeram o cadastro e se colocaram à disposição para confeccionar máscaras (cirúrgicas e N-95) e aventais.
Além disso, para receber e triar as doações de produtos e insumos também solicitados, o hospital formou uma equipe e definiu a logística que opera nesta atividade.
As pessoas da comunidade entram em contato pelo telefone 3011-9255 ou por meio da Associação dos Amigos do HUM (AAHU) buscando esclarecimento sobre os diversos tipos de doação.
Na fase seguinte, é feito o cadastramento no banco de dados ligado ao setor responsável pela captação destes donativos para a Campanha de Apoio para Atendimento aos Pacientes da Covid -19, como está sendo nominada a iniciativa.
A partir das prioridades definidas com a direção e o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCHI), e etapa posterior é o recolhimento das doações junto à comunidade.
Nesta tarefa, o hospital conta com a contribuição de motoristas da Universidade, que se deslocam às residências, empresas e aos serviços para fazer a coleta.
Mulheres costuram aventais em Maringá
As doações são registradas no banco de dados, onde são averiguados, quando se trata de produtos, aspectos como o lote, a data de fabricação, a qualidade, a quantidade e a origem, além da identificação do doador. De acordo com o material recebido, é solicitada a cada área responsável uma avaliação quanto à viabilidade da utilização do donativo ou insumo no ambiente hospitalar.
Matéria prima
As doações que são matéria prima para a confecção de aventais e máscaras são direcionadas, após contato prévio, às facções encarregadas de fazer o corte e, depois, são repassadas às costureiras já cadastradas.
Após a confecção dos materiais, o setor de controle de infecções hospitalares e a vigilância epidemiológica procedem a averiguação e o controle para liberação posterior aos setores.
Importante destacar que toda esta atividade de logística só é possível com a colaboração da rede solidária da comunidade. As ações deste trabalho estão sendo coordenadas pela assessora de Qualidade, Planejamento e Relações Institucionais do HUM, Jocimara Mazzola; a diretora administrativa, Renata Valim; a diretora de Análises Clínicas e Farmácia Hospitalar, Solange Martins; de Enfermagem, Viviani Dourado; e pela superintendente do HUM, Elisabete Kobayashi, com uma equipe de apoio composta pelas assistentes sociais, estudantes da área de psicologia, técnicos administrativos, motoristas e enfermeiras, com respaldo, na avaliação dos materiais, da equipe do SCIH e das áreas correspondentes a cada produto doado.
Cianorte
Trabalho de confecção de máscaras em Cianorte
No Câmpus Regional de Cioanorte, professores dos cursos de Moda e Design, alunos, voluntários e empresas também se uniram em prol da confecção de máscaras de proteção para serem doadas à Santa Casa da cidade e a outras entidades.
As máscaras estão sendo confeccionadas em tecido 100% algodão, seguindo protocolos de confecção, e os voluntários envolvidos na ação também estão cumprindo os protocolos de distanciamento social e higiene.
Diretora do CRC, a professora Anelise Guadagnin Dalberto diz que, num primeiro momento, uma docente e três alunas do curso de Moda e Design estão ajudando a concluir, numa empresa da cidade, a costura de 448 máscaras. E, com o dinheiro arrecadado numa ação solidária, o Departamento de Design e Moda (DDM), chefiado pelo professor Márcio José Silva, pagou uma costureira para confeccionar outra quantidade de máscaras.
Num segundo momento, serão feitas mais 560 máscaras a partir do patrocínio da Associação Comercial e Empresarial de Cianorte para a compra de materiais como tecido, elástico e outros aviamentos. A costura destas máscaras deve começar no início desta semana, revela Anelise, que é professora do curso de Design, ligado ao DDM.