A primeira reunião de trabalho ocorreu, hoje (25), com profissionais das duas partes e de áreas afins; veja as fotos do evento
Servidores das prefeituras da região, profissionais do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater) e da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá e alguns prefeitos se reuniram, na manhã desta quinta-feira (25), para começar a elaborar o primeiro projeto voltado para impulsionar o agronegócio na região como fruto da parceria entre a UEM e a Amusep.
A reunião do Grupo de Trabalho ocorreu na sala dos Conselhos Superiores (COU), prédio da Reitoria da UEM, e contou com a participação de cerca de 70 pessoas.
A ideia é que no dia 15 de maio, durante a Expoingá, o documento seja entregue ao governador Ratinho Júnior. Até lá, mais duas reuniões de trabalho deverão ocorrer para que a proposta seja validada.
Ao abrir os trabalhos do encontro, o reitor da UEM, Julio Damasceno, lembrou que a Universidade tem muita responsabilidade nesta parceria, visando a oferecer, por meio de professores e pesquisadores altamente qualificados, toda a orientação possível para a montagem dos projetos em vista.
Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), Fábio Fumagalli de Paiva, o objetivo deste trabalho conjunto é justamente aproximar a UEM da realidade das cidades do entorno.
A Amusep congrega 30 municípios da região noroeste, incluindo o de Maringá. Na opinião de Fumagalli, que é prefeito de Atalaia, os prefeitos estão mais alicerçados quanto ao apoio do corpo técnico envolvido na elaboração do projeto. Conforme ele, é preciso pensar políticas políticas que possam fomentar o desenvolvimento dos municípios.
O chefe regional do Núcleo da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab), Jucival Pereira de Sá, destacou o potencial de conhecimento reunido na UEM, incluindo o fato de que 75% da genética de peixes do Brasil está concentrada na instituição.
A reunião de hoje é a primeira de um ciclo de três que foi definido num evento no último dia 16, na Amusep, para concluir o conteúdo do projeto que inaugura a nova fase da parceria.
O segundo encontro está agendado para o dia 3 de maio e, no dia 14 de maio, o Plano de Ação será validado, para, em seguida, ser divulgada a maneira como a iniciativa será colocada em prática e a estimativa do surgimento dos resultados iniciais.
Risco de fechar
Antes do início dos trabalhos, o professor Dennis Bertolini (foto abaixo), do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) da UEM, fez um alerta para o risco de fechamento do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac) em junho ou julho caso o governo estadual não reverta a decisão de cortar 30% das receitas próprias da instituição, por meio da Desvinculação de Receitas de Estados e Municípios, conhecida por DREM.
Se o fechamento do Lepac ocorrer, que faz exame de pacientes residentes na macrorregião de 113 municípios, via Sistema Único de Saúde (SUS), as consequências, segundo Dennis, serão drásticas.
O professor explicou que o atendimento é prestado pelo Laboratório da UEM, do qual ele foi coordenador, envolve atendimentos de níveis secundário e terciário, ou seja, de alta complexidade.
Por isso, pediu apoio político dos prefeitos para tentar mudar a situação, pois a falta de recursos financeiros deixará o Lepac, que já sofre também com a falta de pessoal, sem condições até de comprar reagentes.
Logo após a reunião, o reitor da UEM, Julio Damasceno, e o presidente da Amusep, Fábio Fumagalli de Paiva, se encontraram com o chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva (PSD). No encontro o reitor entregou ao deputado um documento solicitando ao Governo que a Universidade Estadual de Maringá seja liberada da DREM por se tratar de Instituição de ensino e que presta serviços públicos de saúde, conforme prevê a lei.
Reportagem atualizada em 25/04/2019 às 16h20.