Tema será abordado na aula inaugural do mestrado profissional em ensino de História da UEM, na próxima quinta-feira (19)
A professora Lúcia Helena Oliveira da Silva, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Assis, vai proferir, no dia 19 de abril, às 19h30, no anfiteatro Ney Marques, a aula inaugural do mestrado profissional em Ensino de História (Profhistória), e do curso de graduação em História, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
As inscrições, gratuitas, poderão ser feitas no local do evento. Serão emitidos certificados de participação para as pessoas inscritas. Qualquer interessado poderá comparecer à palestra, que vai tratar de uma lei federal, de 2003, que definiu as diretrizes e bases da educação nacional para a inclusão, no currículo oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".
O título da aula inaugural será "A Lei 10.639, quinze anos depois da aprovação da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira: avanços e desafios".
Formada em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, com mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lúcia Helena concluiu o doutorado em História também pela Unicamp e ainda fez pós-doutorado na New York University estudando o associativo afro-brasileiro e afro-americano na primeiras décadas do século 20.
Lúcia Helena participa do Núcleo Negro de Pesquisa e Extensão da Unesp. Ela foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Letras e Ciências, de Assis, de 2013 a maio de 2017.
Passado escravocrata
A abolição da escravatura no Brasil está completando 130 anos em 2018 e no tecido social brasileiro ainda existem as marcas do passado escravocrata que afeta sobretudo a população negra. Marcas essas que se tornaram preocupação de diversos estudos e pesquisadores, em especial após a aprovação da Lei 10.639 em 9 de janeiro de 2003.
Esta lei é resultado de uma demanda de algumas décadas dos movimentos sociais negros para que a história da África e a cultura afro-brasileira fossem temas obrigatórios do ensino fundamental nas escolas públicas e privadas do país.
A reivindicação tem como objetivo gerar informações sobre a África, os vários povos africanos que fazem parte da história do Brasil, diminuir os estereótipos negativos sobre aquele continente e a sua influência sobre a população negra, além de aumentar a auto-estima dos alunos negros e negras e dar condições para diminuir as práticas racistas no espaço escolar.
Neste ano, a lei 10.639 completa 15 anos, trazendo motivos para comemorações. No entanto, muitos profissionais da educação ainda demonstram insegurança para aplicar a Lei e muitos não sabem sobre a sua importância e significado. Nesse sentido, é pertinente apresentar os avanços e desafios para aplicação da referida lei na realidade educacional brasileira, seja na educação básica ou no ensino superior.
A aula inaugural é organizada pelo Mestrado Profissional em Ensino de História/Profhistória, e pelo Departamento de História (DHI), da UEM.
Outras informações sobre o evento no facebook ou na secretaria do DHI, bloco G-34, câmpus sede, ou ainda pelo telefone (44) 3011-4328.