Através de microbiografias de várias personagens, a obra reflete, através desses relatos a crise econômica e política-moral do período final da República de Weimar e a natureza do Terceiro Reich, além da história do Brasil na era da ditadura Vargas
Os professores Ângelo Priori, do Departamento de História da UEM (Universidade Estadual de Maringá), e Peter Mainka, da Universidade de Würzburg, na Alemanha, são os organizadores do recém-publicado livro Rolândia no Norte do Paraná – Contribuições para a História da sua Fundação. A obra foi editada pelo Programa de Pós-Graduação em História da UEM e pela universidade alemã.
A gestação do livro começou em 2011, depois que Mainka passou como professor visitante pelo Programa de Pós-Graduação em História, tendo participado anteriormente, por alguns anos, como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, ambos da UEM. Nesta perspectiva, a obra apresenta uma coletânea de artigos escritos dentro de uma cooperação de pesquisadores brasileiros e alemãs.
Há capítulos escritos em português e outros em alemão e para o leitor que não domina os dois idiomas, preocupou-se em ambientar o assunto em destaque, apresentando no início de cada capítulo um resumo do tema, escrito nas duas línguas. Conjuntamente eles investigam a história da colônia alemã de Roland, fundada em 1932, e a posterior fundação da cidade de Rolândia, no Norte do Paraná.
A história de fundação e da primeira fase de Roland e Rolândia reflete a crise econômica e política-moral do período final da República de Weimar e a natureza do Terceiro Reich, assim como a história do Brasil na era da ditadura Vargas (1930-1945) e da presidência constitucional (1950-195).
Com traz o prefácio, escrito pelo professor João Fábio Bertonha, do Departamento de História da UEM, o livro se desenvolve ao redor de algumas figuras importantes dentro do processo colonizador. “Esta lista inclui o interventor e governador do Paraná nos anos da colonização da cidade, Manoel Ribas; as três personagens fundamentais para o projeto de colônia Erich Koch Weser, Oswald Nixdorf e Johannes Schauff; o então gerente da Companhia de Terras do Norte do Paraná, Miller Thomas; e figuras de alta ou menor importância no contexto de Rolândia”.
Ainda segundo Bertonha, “os vários artigos que utilizam a vida de uma personagem como eixo, acabam por conseguir apresentar de forma inovadora questões como o conflito entre judeus e alemãs, as dificuldades da colonização da terra, o papel da Companhia de Terras e do governo do Paraná em todo o processo”