A UEM está elaborando Projeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos para 35 municípios integrantes da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense e da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro.
A equipe, composta por químico, engenheiro químico, agrônomo, biólogo, farmacêutico e advogado, visita os municípios, realiza os diagnósticos do gerenciamento e elabora os planos.
Os planos apresentam soluções técnicas para cada corrente de resíduos gerados. Para os compostos orgânicos, a sugestão é a compostagem e, para os rejeitos, o aterro sanitário. Para os recicláveis, a solução pode ser cooperativa de catadores. Outra vertente passa pela conscientização da população para que reduza os resíduos orgânicos pela mudança de hábitos alimentares e melhor aproveitamento dos alimentos e para que faça a triagem domiciliar, separando os resíduos em sacolas verdes (material orgânico), vermelhas (banheiro), amarelas (recicláveis). Além disso, a intenção é que haja gestão global de resíduos (desde a fonte geradora até o destino final).
Segundo Marlene Gobbi, coordenadora do Programa de Gerenciamento de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos da UEM (Pró-Resíduos), a previsão é que os planos fiquem prontos em dois meses. Gobbi informa que, para que os planos sejam implementados com sucesso, está sendo realizada a capacitação de agentes dos municípios da Amusep até 16 de maio. A capacitação dos representantes da Amunorp começa no dia 23, em Santo Antônio da Platina.
Os agentes, que funcionarão posteriormente como multiplicadores, estão aprendendo sobre resíduos sólidos no Brasil (questão dos resíduos sólidos no Brasil; a mudança de paradigma na gestão dos resíduos sólidos urbanos; legislação aplicável na questão dos RSU), políticas de resíduos sólidos (Agenda 21; gestão integrada de RSU), ferramentas da gestão de resíduos sólidos (componentes do Plano de Gerenciamento Integrado dos RSU e educação ambiental), classificação e tratamento dos RSU (tratamento de resíduos-classificação, caracterização e acondicionamento de RSU e coleta seletiva-compostagem e reciclagem), coleta: planejamento, dimensionamento, monitoramento e controle (processos de destinação do lixo e aterros sanitários) e resíduos perigosos (resíduos de saúde e resíduos tóxicos e produtos químicos).
Os custos são bancados pelas prefeituras de acordo com o número de habitantes. De posse do documento, cada uma o entregará ao Instituto Ambiental do Paraná.