DENGUE

Hospital realiza notificação, investigação, além de recomendar medidas de prevenção e controle das doenças transmissíveis

Representando a Universidade Estadual de Maringá (UEM) a superintendente do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), Cremilde Radovanovic e a enfermeira Mariluci Lebegalini do Núcleo de Vigilância Epidemiologia, participaram, na última semana, de uma reunião para identificar o cenário epidemiológico no município e organizar as ações preventivas para combater o mosquito da dengue.

A iniciativa foi promovida pelo Rotary Clube e contou com a participação dos integrantes dos das unidades Maringá Velho e Kakogawa. O Rotary é uma entidade civil internacional com tradição de voluntariado no combate de doenças passíveis de prevenção. Participaram também autoridades políticas e profissionais: Clovis Augusto de Melo, secretário de saúde, Lucas Vinícius de Souza Barbosa, Diretor de Vigilância e Saúde, Eduardo Alcântara Ribeiro, Gerente de Zoonoses e Maria Paula Jacobucci Botelho, Gerente de Vigilância Epidemiológica.

Diagnóstico 

Já há casos de alta contaminação em outros municípios da região, chegando a 8,7% da população em algumas cidades. Embora com bons índices de prevenção e tratamento, Maringá está em alerta, uma vez que 70% dos pacientes aguardando consulta na UPA apresentam sintomas de dengue. Atualmente, de cada 100 imóveis visitados 2,2 apresentaram focos de mosquito da dengue.

O que fazer?

Frisa-se que o foco da campanha é o combate ao mosquito, uma vez que o mesmo transmite 4 doenças: dengue, chikungunya, febre amarela urbana e zika. Como o ciclo de eclosão das larvas dura 9 dias, a estratégia é checagem, a cada 7, dias dos focos de infestação (calhas, poças d'água, lixo) tanto na residência quanto no local de trabalho. Nesse sentido, é fundamental que estudantes e servidores da UEM contribuam, observando o entorno dos blocos onde estudam ou trabalham.

Outro ponto importante é a conscientização sobre os sinais de alarme, para evitar óbitos decorrentes da contaminação. Muitas pessoas tendem a acreditar que a febre é o sintoma mais perigoso da dengue, mas, após a febre, entre 3º e 4º dia da doença, há uma grande chance de agravo. Por isso, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde para avaliação. Um dos erros mais comuns, nesse caso, é praticar exercício físico imediatamente após a cessação da febre.

Entre os erros mais comuns adotados pela população está a automedicação. Não se deve ministrar anti-inflamatório (ibuprofeno) para paciente com dengue, pois aumenta o risco de agravamento dos sintomas. Outra recomendação dos especialistas para quem estiver contaminado é o uso de repelente, a fim de evitar que essa pessoa transmita a doença para a família se for picada por outro mosquito. Repelente à base de icaridina é o recomendado para usar na prevenção ao mosquito da dengue, pois pode durar 10/12 horas.