Reunião Ucraniana

Objetivo é prestar acolhimento social em forma de apoio nas atividades cotidianas dos pesquisadores e suas famílias

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A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), recepcionou quinta-feira (2), a professora ucraniana Yuliia Dziazko, que chegou ao Brasil com a família por intermédio do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, do Governo do Estado. O projeto é desenvolvido pela Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Foi organizada uma tarde de boas-vindas, onde estiveram presentes a vice-reitora, Gisele Mendes, o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), Renato Leão, o pró-reitor de Extensão e Cultura (PEC), Rafael Da Silva, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, a diretora de Extensão (DEX), Crishna Mirella de Andrade Correa e a bolsista da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fabiane Hodas.

Desde o dia 21 de fevereiro Yuliia está em Maringá com o marido, Oleksandr Dziazko. O casal é da capital Kiev na Ucrânia. Ela é engenheira química e atuava na universidade Vernadskii Institute of General and Inorganic Chemistry of the National Academy of Science of Ukraine.

A pesquisadora trabalha na área de desenvolvimento de membranas de poli ácido lático (PLA), produzidas em impressora 3D e aplicação para a remoção de contaminantes emergentes. Esse projeto foi proposto para a Fundação Araucária pela professora Rosângela Bergamasco do Departamento de Engenharia Química (DEQ/UEM).

Bergamasco comentou: “Como hoje em dia a água está cada vez mais poluída com produtos contaminantes e que não são removidos pelos sistemas convencionais, se faz necessário desenvolver processos para que sejam mais eficientes e que tenham viabilidade econômica. A produção de membranas com a impressão 3D surge como um processo promissor para atingir esses objetivos. Essas membranas serão acopladas nos tratamentos para produzir água de melhor qualidade levando assim saúde a população. A professora ucraniana já tem experiência no processo e com certeza contribuirá no desenvolvimento deste projeto”.

Hodas que está no projeto para auxiliar Yuliia e o marido com a língua portuguesa dentro e fora da universidade, além de ajudá-la em suas atividades e adaptação aqui na cidade, comentou que a professora ucraniana gostou muito do Brasil. Também disse que as pessoas são muito gentis e simpáticas e achou que há muitos jovens na cidade. Ela espera fazer um bom trabalho com a professora Bergamasco e deseja que deste projeto saiam artigos científicos.

O Programa recebeu até o momento 13 pesquisadores no Paraná. Eles estão distribuídos nas seguintes universidades: UENP, UEL, PUC, UTFPR - Medianeira, Unicentro, Unioeste, Unila, UEPG, IFPR e UEM. Este edital é de fluxo contínuo, possui 50 bolsas no total disponíveis e tem como prioridade apoiar financeiramente as Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) paranaenses na acolhida de pesquisadores ucranianos para atuar na Pós-graduação Stricto Sensu.

"O objetivo é acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense, e também prevê colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação. Essa iniciativa também conta com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI)", afirma o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

Contaminantes emergentes: Compostos químicos que não são comumente monitorados, mas que apresentam potencial de causar efeitos adversos ao meio ambiente e aos seres humanos.