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Evento foi organizado pela Prefeitura; a universidade apresentou seu potencial para o desenvolvimento do setor

Crédito das fotos: Andye Iore/PMM.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) marcou presença na Pré-Conferência Municipal de Turismo, realizada nesta terça-feira (5) no Hotel Metrópole, em Maringá. O encontro foi uma prévia da 2ª Conferência Municipal do Turismo, que acontecerá nos dias 14 e 15 de abril de 2023, e que foi instituída pelo decreto número 1876/2022, assinado pelo prefeito Ulisses Maia (PSD).

O professor Manoel Jacó Garcia Gimenes. vice-reitor da UEM na gestão 1986 a 1990, presidente de honra da pré-conferência, foi chamado a conduzir os trabalhos.

Além de representantes de vários setores da UEM, a Pré-Conferência contou com a participação de profissionais e representantes do segmento, como hotéis, restaurantes, bares, eventos, transportes, lazer, agências, guias, entre outros. A proposta foi debater, em diferentes eixos temáticos, políticas públicas para o fortalecimento do turismo e ações que possam fomentar o setor na cidade.

Potencial: O pró-reitor de Extensão e Cultura da UEM, Rafael da Silva, apresentou o potencial da UEM para o desenvolvimento do turismo em Maringá. Ele falou, por exemplo, na expertise da universidade na capacitação de pessoas que atuam nos diversos segmentos do setor, citando em especial a oferta de cursos de línguas.

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Rafael Silva diz que os cursos de línguas para trabalhadores do setor seriam uma das contribuições da UEM 

Vale dizer que a UEM conta com o Instituto de Línguas (ILG), que hoje é chefiado pela professora Soraya Maldonado Cabrini. E que dentro do instituto há um projeto permanente denominado Cursos de Idiomas para Públicos Específicos, também conhecido pela sigla Cipe. O objetivo é ofertar cursos de idiomas não disponíveis na base regular do ILG, atendendo assim um público mais amplo.

“A partir do projeto Cipe, o ILG poderia adaptar os cursos para diversas demandas do setor hoteleiro, de bares e restaurantes, visando melhor atendimento aos turistas estrangeiros que visitam Maringá e têm dificuldade de se comunicar em português”, exemplificou o pró-reitor, acrescentando que outras demandas poderiam ser atendidas como a oferta de cursos nas áreas administrativa e de gestão.

Silva ainda lembrou o potencial da UEM no turismo de eventos. Além dos concursos vestibulares, que anualmente atraem milhares de jovens para a cidade, a universidade também organiza uma série de eventos científicos, de pequeno a grande porte, e muitos deles de âmbito nacional e até internacional. “São eventos que trazem muitos participantes e que movimentam o setor hoteleiro, bares, restaurantes, comércio e serviços”, disse.

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Teatro e Centro de eventos da UEM: obras estão paradas por falta de recursos

O pró-reitor também cita o projeto do Teatro e Centro de Eventos da UEM, com capacidade média de 1.700 pessoas, em uma área de cerca de 5 mil m². Além de teatro, o espaço prevê seis salas de apoio e estacionamento em seu entorno para aproximadamente mil veículos, incluindo vagas para ônibus. O projeto ainda engloba um auditório capaz de abrigar mil pessoas, foyer com cyber café e salas para minicursos.

Segundo ele, esse Centro de Eventos tem capacidade para suprir as demandas das comunidades interna e externa, entretanto a obra ainda não foi concluída por falta de recursos.

“Um centro de convenções com esse porte seria estratégico no atendimento de uma demanda crescente no turismo de evento e cultural” acena o pró-reitor, defendendo que a sociedade como todos os atores políticos, econômicos, e entidades organizadas assumam essa pauta.

“A UEM tem muito a contribuir para o setor de turismo, mas precisa de apoio e engajamento da comunidade”, finalizou o pró-reitor, defendendo o estreitamento das parcerias, numa forma mais dialógica, entre universidade e comunidade. Silva ainda aproveitou para lembrar dos projetos no âmbito da cultura, incluindo o do Museu da Bacia do Paraná. A ideia "é devolvê-lo para a comunidade e colocá-lo na rota cultural do município e da região".